Influência do hipotireoidismo na progressão do melanoma experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Biondi, Luiz Roberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-05012007-103648/
Resumo: Este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos do hipotireoidismo experimental induzido mediante utilização da droga propiltiouracil ou por tireoidectomia actínica, utilizando-se Iodo131, sobre o crescimento tumoral local e potencial metastático do melanoma murino, cepa B16F10 em camundongos C57BL6. O trabalho constituiu-se de dois experimentos distintos: 1. Influência do hipotireoidismo sobre o crescimento local e sobrevida, mediante indução do hipotireoidismo com propiltiouracil (PTU) a 0,05% na água de bebida e inoculação de células B16F10 por via subcutânea. 2. Influência do hipotireoidismo sobre o potencial metastático, onde os animais foram submetidos aos seguintes tratamentos: água (CTRL_M); indução do hipotireoidismo com propiltiouracil a 0,05% na água de bebida (PTU_M); indução do hipotireoidismo com iodo131 (I131_M) e do hipertireoidismo com L-tiroxina a 0,00005% na água de bebida (T4_M) e posterior inoculação de células B16F10, por via intravenosa. No experimento 1, os parâmetros avaliados consistiram na medida do volume tumoral e taxa de sobrevida. Os volumes tumorais variaram de 1,8 mm³ a 10.673,1 mm³. Na média diária dos volumes tumorais, o menor valor foi de 1,6 mm³ enquanto o maior volume obtido foi de 8140,9 mm³. A análise estatística das médias dos volumes, mediante teste de T não pareado, não indicou diferença significativa entre os grupos CTRL_L (controle) e PTU_L (tratado), com p = 0,795 para o teste de T e p = 0,5759 para o teste de F, para um intervalo de confiança de 95%. A média da sobrevida foi de 22 dias para o grupo CTRL_L e 21 dias para o grupo PTU_L. A analise estatística dos dados de sobrevida seguiu o Teste de Mantel-Haensze, não havendo diferença significativa na evolução da sobrevida entre os grupos, com p = 0,752 para um intervalo de confiança de 95%. No experimento 2, o parâmetro avaliado consistiu no número de nódulos metastáticos mediante contagem dos nódulos na superfície dos pulmões dos animais, após eutanásia. A distribuição de nódulos tumorais pulmonares apresentou média de 32 nódulos para o grupo CTRL_M; 91 nódulos para o grupo PTU_M; 23 nódulos para o grupo T4_M e 77 nódulos para o grupo I131_M. Houve diferença estatisticamente significativa (p < 0,01) entre os grupos CTRL_M versus PTU_M e I131_M e entre os grupos T4_M versus PTU_M e I131_M. Não houve diferença significativa (p > 0,05) entre os grupos CTRL_M versus T4_M e entre os grupos PTU_M versus I131_M. Os estudos estatísticos foram realizados mediante Teste de Analise de Variância simples (ANOVA) e aplicação de pós-teste de Dunnett, de múltipla comparação. Concluiu-se que o hipotireoidismo não interferiu no crescimento local da cepa B16F10 do melanoma murino em camundongos C57BL6 e significativamente alterou o comportamento metastático da referida cepa nesta linhagem isogênica, favorecendo a formação de nódulos metastáticos nos animais em que este estado patológico foi induzido, quer pela utilização de droga antitireoidiana PTU, quer pela tireoidectomia actínica com I131, no entanto, a administração de L-tiroxina não acarretou o efeito contrário