Efeitos da reposição com tiroxina nas alterações comportamentais induzidas pelo hipotireoidismo em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fontes, Phelipe Fontanezi Campos Garcia lattes
Orientador(a): Olivares, Emerson Lopes
Banca de defesa: Olivares, Emerson Lopes, Côrtes, Wellington da Silva, Ferreira, Andrea Claudia Freitas
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11406
Resumo: O hipotireoidismo é a patologia relacionada a deficiência hormonal mais comum, afetando mais de 10 milhões de pessoas nos Estados Unidos das Américas e cerca de 6,6 % da população adulta de São Paulo. Nesta doença é comum aparecerem sintomas de depressão e transtorno de ansiedade que são os distúrbios comportamentais mais comuns. Essas doenças comportamentais possuem alta comorbidade e podem agravar o quadro clínico quando ocorrem em indivíduos doentes. Sendo assim, a depressão aparece como a maior causa de incapacidade e acomete mais de 350 milhões de pessoas. Os transtornos de ansiedade possuem alta prevalência, por exemplo, 18,1% da população Norte Americana sofre deste transtorno. Neste contexto, cerca de 5-10% dos pacientes que sofrem de hipotireoidismo e são tratados com levotiroxina (L-T4) apresentam sintomas de depressão ou transtornos de ansiedade. Mesmo apresentando níveis de TSH e T4 dentro dos valores de referência a L-T4 parece não ser eficaz em reverter estes sintomas e isto pode estar associado ao fato desta abordagem farmacológica não reestabelecer o eutireoidismo e m todos os tecidos. Somado a isto, há poucos estudos que avaliam estes transtornos comportamentais no hipotireoidismo e os respectivos efeitos da tiroxina. Portanto, o presente trabalho estudou as alterações comportamentais ocasionadas pelo hipotireoidismo através do protocolo de tireoidectomia total. Além disso, este estudo objetivou-se em verificar quais os efeitos da reposição com tiroxina sobre essas alterações. Para tanto, os animais foram divididos em 3 grupo: 1) Grupo controle/falso operado (SHAM); 2) Grupo tireoidectomizado (TX); 3) Grupo tireoidectomizado submetido a reposição hormonal (TX+T4). Estes animais foram submetidos a uma bateria de testes comportamentais para verificar comportamentos semelhantes à depressão e ansiedade. Também foi verificado o peso corporal dos animais durante o experimento, para verificar o aparecimento de hipotireoidismo, e o peso da adrenal. O grupo TX apresentou comportamentos análogos a depressão e ansiedade aumentados em relação ao SHAM. Já o tratamento com T4 reverteu tais comportamentos parcialmente. Diante destes resultados, observamos que a terapia convencional, monoterapia, falha em reverter todos os sintomas comportamentais ocasionados pelo hipotireoidismo. Estes dados estão em concordância com os apresentados na literatura que demonstram na clínica a ineficácia da L-T4 em reverter os referidos sintomas para uma parcela de pacientes.