Ciclo de vida, produtividade secundária, distribuição, alimentação e crescimento de Massartella brieni (Lestage) (Ephemeroptera: Leptophlebiidae) em riachos do Parque Estadual Intervales, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Paciencia, Gabriel de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-25082008-134503/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo geral estudar o ciclo de vida, a produtividade secundária, a distribuição, a alimentação e o crescimento de Massartela brieni em riachos do Parque Estadual Intervales, Estado de São Paulo. O material analisado foi coletado em seis pontos de coleta, um no córrego Roda d´Água, um no córrego Mirante, um no córrego Bocaina, dois no córrego Água Comprida e um no córrego Lajeado. Em todos os pontos, substrato rochoso foi coletado com um amostrador de Surber com 0,250 mm de malha, em cada amostragem foram feitas 10 subamostras aleatórias perfazendo o total de 1m2. No Córrego Bocaina, folhiço em corredeira e em remanso também foram amostrados com rede D (10 pacotes de folhiço com 0,01 m2 cada). As coletas foram feitas entre Setembro/1999 e Setembro/2001. A análise dos histogramas referentes ao número de indivíduos em diferentes classes de tamanho foi inconclusiva quanto ao voltinismo da espécie estudada. A produtividade secundária anual de Massartella brieni foi 4802,79 mg.m-2ano-1 para um CPI de 120 dias, 3842,24 mg.m-2ano-1 para um CPI de 150 dias e 3201,86 mg.m-2ano-1 para um CPI de 180 dias. Os resultados indicam que M. brieni ocorreu preferencialmente em locais com menor velocidade de água associados com acúmulo de folhiço. Não houve uma relação linear negativa entre a vazão, a precipitação (mês anterior) e a densidade de M. brieni no córrego Mirante. No entanto, foi possível observar que meses com maior vazão ou precipitação (mês anterior) nunca apresentaram altas densidades. Na maior parte dos meses, os períodos com baixas densidades também foram os que apresentaram menor biomassa, exceto para os meses de Março a Maio de 2000 (meses que ocorreram indivíduos de maior porte). Durante o crescimento a maior parte das estruturas da cabeça tiveram alometria negativa, enquanto que as do abdômen e a maior parte das do tórax tiveram alometria positiva. A mudança de forma da maxila (Deformação Relativa I) teve uma leve relação significativa com o crescimento de M. brieni.