Avaliando os efeitos do tamanho do riacho, do tipo de mesohabitat e da estação do ano sobre a fauna de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Paciencia, Gabriel de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EPT
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-05052013-121602/
Resumo: Na presente tese investigamos o papel de alguns dos fatores mais importantes na estruturação da fauna de EPT em riachos. No primeiro capítulo, abordamos os efeitos do tamanho do riacho, do tipo de mesohabitat (corredeira e remanso) e da estação do ano (seca e chuva) sobre a abundância, riqueza e composição de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT). Segundo os nossos resultados, a abundância respondeu de forma significativa às interações entre o tipo de mesohabitat e o tamanho do riacho; e entre estação do ano e o tamanho do riacho. A riqueza foi influenciada significativamente pelo tamanho do riacho. Adicionalmente, tanto o tipo de mesohabitat quanto o tamanho do riacho afetaram significativamente a composição faunística (DCA I). O tipo de mesohabitat pode ser considerado um bom preditor da fauna de EPT, mesmo em um sistema altamente sazonal como é o caso dos riachos aqui estudados. No segundo capítulo, apresentamos equações representativas da relação tamanho corpóreo (comprimento do corpo e largura da cápsula cefálica) para táxons de EPT. Considerando os dados obtidos, recomendamos, sempre que possível, a utilização do comprimento do corpo e apenas as equações com o R2 acima de 0,65, as quais podem ser úteis em trabalhos onde informações gerais sobre a biomassa de EPT são necessárias. Este capítulo serviu de base para o capítulo III. No terceiro capítulo, abordamos os padrões de distribuição de frequência do tamanho corpóreo e a relação entre tamanho corpóreo e abundância de EPT. Os nossos resultados mostraram que independente do riacho, do tipo de mesohabitat e da estação do ano, no geral, as distribuições se encaixaram em uma distribuição normal. Considerando as relações entre o tamanho corpóreo e abundância, os dados de 50% das assembleias de EPT analisadas individualmente se encaixaram numa forma piramidal. Em nenhum dos casos, observamos relações lineares negativas, portanto, os nossos dados discordam da Regra de Equivalência Energética. Nossos resultados sugerem que um único fator (e.g. balanço energético) é insuficiente para explicar a relação tamanho-abundância de EPT em ambientes altamente variáveis como os riachos aqui estudados.