Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gabe, Kamila Tiemann |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-08112018-131030/
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Resumo: |
Introdução: Em 2014, o Ministério da Saúde brasileiro publicou a segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, um documento pautado em um paradigma ampliado, que leva em conta além dos aspectos biológicos, os sociais, culturais e ambientais relacionados à alimentação. Este Guia tem como objetivo promover autonomia para a adoção de práticas alimentares saudáveis de indivíduos e comunidades. Por conta disso, contém linguagem compreensível à população em geral e traz recomendações simples, expressas por meio de termos como \"na maioria das vezes\", \"prefira\" ou \"evite\". Embora inovadora, esta abordagem diferenciada implica em um desafio para a avaliação da adesão da população às suas recomendações. Objetivos: Desenvolver e validar uma escala autoaplicável para avaliação da alimentação segundo as recomendações do Guia. Metodologia: Estudo metodológico. O Guia destaca a importância da escolha dos alimentos (capítulo 2), da combinação dos alimentos na forma de refeições (capítulo 3) e dos modos de comer (capítulo 4). As recomendações desses três capítulos representaram o domínio da escala e serviram como base para o desenvolvimento de itens do tipo Likert e 4 pontos. A validade de conteúdo foi testada por meio de um painel de especialistas (n = 10) e a aparente por meio de pré-teste com a população alvo (n = 20). Análises fatoriais exploratória (n = 352, coleta de dados realizada em um serviço de Atenção Básica) e confirmatória (n = 900, coleta de dados realizada por meio de um painel online) foram realizadas para determinação da validade de constructo. Foram utilizados coeficientes ômega para análise de consistência interna, e teste-reteste com plotagem de Bland-Altman para análise de reprodutibilidade. Resultados: Dos 96 itens iniciais, 24 foram excluídos e 55 foram reescritos após as validações aparente e de conteúdo. Na análise fatorial exploratória foram identificadas quatro dimensões, que foram nomeadas como: escolha dos alimentos; modos de comer; organização doméstica; e planejamento. Essa solução explicou 41% da variância dos dados e nela foram mantidos 34 itens. Na análise fatorial confirmatória, alguns ajustes levaram a um modelo com 24 itens, o qual obteve bons índices de adequação e boa confiabilidade (?-t = 0.83), apresentando propriedades psicométricas satisfatórias mesmo quando aplicada por meio de um painel online. No teste-reteste, a diferença média entre os dois momentos foi próxima de zero, indicando boa reprodutibilidade. Conclusões: A escala desenvolvida é válida e confiável e pode ser utilizada tanto em papel quanto por meios eletrônicos. Esse estudo é inovador no contexto da avaliação de Guias Alimentares e pode contribuir não só para a avaliação do impacto do guia brasileiro, mas também para inspirar outros países a também desenvolverem e validarem instrumentos específicos ao seu contexto local. Movimentos nesse sentido são importantes para futuras investigações sobre o real potencial dos Guias na promoção da alimentação adequada e saudável em contexto global. |