Infinito, imanência e transcendência na filosofia judaica medieval: Hasdai Crescas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leone, Alexandre Goes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-16042019-114626/
Resumo: Hasdai Crescas (1340 -1411), foi filosofo, rabino e homem público, que viveu em um período muito turbulento para as comunidade judaicas ibéricas e provençais, do final da Idade Média. Crescas fez uma crítica veemente ao paradigma aristotélico recebido da falsifa, que foi usado por Maimônides para embasar e provar a existência, unidade e incorporeidade de Deus, conceituado no Guia dos Perplexos como o ser necessário absolutamente transcendente em relação aos seres contingentes. Crescas elabora, em Or Hashem ( Luz do Nome Divino), um conceito alternativo de ser necessário, no qual as duas noções antitéticas de imanência e transcendência divinas se relacionam à distinção, no seio do ser necessário entre sua essência simples e os seus infinitos atributos. A essência simples e inefável do ser necessário se expressa em infinitos atributos no ato eterno e constante de doar na univocidade do ser, seu bem, sua atualidade, aos infinitos entes contingentes. Crescas, advoga que universo apesar de ontologicamente contingente é infinito em sua atualidade. Deus é assim concebido como causa primeira eterna e constante, a enteléquia e Lugar do Mundo.