Ser professor da rede municipal de São Paulo e ter uma deficiência: caminhos (nada suaves) da trajetória profissional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Delfino, Talita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-28032024-080204/
Resumo: Esta dissertação tem por problema de pesquisa as possibilidades, os dilemas e as armadilhas da inclusão na Rede Municipal de Educação de São Paulo, visibilizados a partir da experiência trazida nos relatos de professores com deficiência. A pesquisa foi realizada a partir de três frentes complementares: a análise dos dados estatísticos do INEP em relação a presença de professores com deficiência na rede municipal de São Paulo; revisão bibliográfica para investigar como as práticas de atendimento e governo das pessoas com deficiência se intercruzam com a instituição escolar e como essa se relaciona com o poder médico; e, por fim, a realização de entrevistas com três professores com deficiência da referida rede de ensino, a respeito de sua formação inicial e continuada, as quais permitiram apontar caminhos de discussão a respeito das perspectivas de pessoas com deficiência na profissão docente, tendo a escrevivência como um dos fios condutores da metodologia de escrita da análise. Assim, considerando a importância de trabalhos que tragam posicionamentos, revelem conceitos e visibilizem o protagonismo de pessoas com deficiência na e da pesquisa, esta análise pode contribuir para a construção de pesquisas no campo da educação, ciências sociais, desigualdades e pessoas com deficiência, considerando a vivência e subjetivação de cada uma delas, contribuindo para ampliar o debate acerca das especificidades da formação de professores que são pessoas com deficiência, para além dos termos da discussão mais geral sobre acesso e permanência de estudantes com deficiência no ensino superior. Nas considerações finais, apontam-se algumas possibilidades de ampliação da agenda de pesquisa, como a necessidade de aprofundar os estudos sobre capacitismo, marcadores sociais da diferença, interseccionalidade, a partir de referências no campo foucaultiano, da discussão sobre a violência na dimensão institucional e das perspectivas feministas nos estudos sobre deficiência, bem como a importância de retomar os dados do INEP para cruzar os dados aqui explorados com a composição por gênero e raça do professorado em geral.