Por onde andei enquanto cuidado eu procurava? : itinerários terapêuticos de pessoas com deficiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Thaís Botelho da
Orientador(a): Reis, Roberta Alvarenga
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/157538
Resumo: A deficiência, conforme a discussão contemporânea, é encarada como condição existencial e fruto de uma sociedade pouco adaptada às pessoas com diversidades funcionais. A saúde ainda possui caminhos a percorrer nesta concepção, já que tradicionalmente teve seu foco unicamente sobre as manifestações corporais e pouco se comprometeu em relações emancipatórias de cuidado. Assim, buscou-se conhecer como são os caminhos percorridos pelas pessoas com deficiência na busca por cuidados em saúde, fazendo uma análise sobre o itinerário terapêutico e uma problematização do viver com deficiência. A pesquisa parte da metodologia qualitativa e se utilizou de entrevistas que tratassem a história de vida focada na deficiência, aliadas a um diário de campo que complementou as análises. A geração dos dados contou com a abordagem de cinco narrativas e obteve resultados que incluíram os itinerários terapêuticos relacionados ou não à deficiência. Nestes cenários, foram evidenciadas barreiras de aceso aos serviços de saúde, despreparo dos profissionais e redes de cuidado pouco resolutivas. Sob a perspectiva dos modos de andar a vida com deficiência, foram relatadas diversas formas de enfrentamento, marcando a condição como experiência negativa e de sofrimento. Os contextos envolvem percursos para além do cuidado em saúde e são permeados por realidades de inclusão e exclusão. Por fim, se considera que o entendimento da deficiência como fato social e condição humana é primordial na atuação da saúde, sendo que a escuta das histórias de vida faz parte da construção de projetos terapêuticos cuidadores. Aponta para a integração dos profissionais de saúde, favorecendo um debate sobre as linhas de cuidado e as necessidades do usuário com deficiência, de forma que se articule com os diversos setores da sociedade.