Alegria e felicidade: a experiência do processo liberador em Espinosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Paula, Marcos Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Joy
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-05032010-123532/
Resumo: A Ética de Espinosa é uma ontologia do necessário, da qual se pode deduzir uma ontologia da alegria. Por isso mesmo, na experiência humana dos afetos, o processo liberador que leva à felicidade é determinado pela experiência da alegria. Tudo começa no campo mesmo das alegrias passivas, campo no qual a tristeza também marca a sua presença. Presença negativa, de um lado, na medida em que implica diminuição de nossa capacidade de agir e pensar; de outro lado, presença positiva, enquanto experiência docente: a tristeza, não por si mesma, mas por sua relação específica com a alegria, ensina o corpo e a mente a lidar melhor com as alegrias a que somos desde sempre determinados a buscar, nas suas mais diversas formas. Da contrariedade afetiva envolvida na experiência das alegrias e tristezas pode nascer um desejo de verdadeira felicidade. Mas o processo liberador é marcado igualmente pela presença de um certo tipo de alegria: a hilaritas, um contentamento muito particular, uma alegria equilibrada que concorda por excelência com a razão, cujo trabalho abre diante de nós as trilhas que levam à felicidade. A razão, porém, só pode realizá-lo enquanto afeto de alegria ela mesma. Neste caso, inicia-se o percurso liberador.