Cinema e educação (1920-1945): a participação da \"imagem em movimento\" nas diretrizes da educação nacional e nas práticas pedagógicas escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Morrone, Maria Lucia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48131/tde-10092019-144219/
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar a origem e os fundamentos históricos dos movimentos em defesa da utilização de recursos audiovisuais na educação. A partir do contexto histórico-cultural em que se situa o sistema educacional brasileiro, procura-se resgatar no período compreendido entre 1920 a 1940, a história dos projetos educacionais que buscavam integrar os meios de comunicação e a educação.. Nesse período surgiram as primeiras teorias e discursos favoráveis ao emprego do rádio e do cinema na política educacional brasileira. O cinema emergiu como objeto de importância fundamental nesta pesquisa porque, enquanto imagem-movimento ou projeção animada (SERRANO, Jonathas & VENÂNCIO FILHO, 1930), foi motivo de amplas discussões por parte dos escolanovistas, na primeira metade do século XX, que enfatizavam a sua eficiente contribuição no processo ensino-aprendizagem e na formação da mentalidade no contexto educacional. Por outro lado, sob o ponto de vista da Igreja Católica e do Estado Novo tal aparelho ideológico de informação (ALTHUSSER, Louis, s.d.), poderia difundir a ideologia de reconstrução social e nacional. Esta pesquisa foi direcionada por uma concepção de totalidade, buscando-se compreender a construção histórica das relações Cinema/Educação/Igreja/Estado. A periodização (1920-1945) se justifica porque nessa época, foram encontrados os primeiros debates e críticas a respeito do mau uso do cinema e paralelamente o surgimento da necessidade de se aplicar a cinematografia à educação e consequentemente nas práticas pedagógicas escolares, tendo em vista a veiculação do processo de disciplinarização, moralização, higienização da sociedade, especialmente da juventude, bem como a efetivação do projeto de reconstrução nacional, voltado para a formação de uma coletividade histórica e para a consolidação do nacionalismo.