Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcos Virgílio da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-13012012-132651/
|
Resumo: |
A proposição central desta tese é investigar o processo de urbanização da cidade de São Paulo, nas décadas de 1950 e 1960, numa perspectiva \"a partir de baixo\" (from below), seguindo uma linha metodológica de investigação em história social que remonta ao marxismo britânico, particularmente da forma proposta por E. P. Thompson e Raymond Williams. Desta forma, observa-se como as transformações da cidade são percebidas e representadas pelos grupos sociais subalternos da cidade, ou por seus praticantes ordinários, como denomina Michel de Certeau. Para empreender essa investigação, adotou-se como corpus documental fundamental o conjunto das composições musicais populares, enquanto registros verbais (mas não escritos) dos moradores da cidade; dessas composições, dedicou-se atenção principalmente aos sambas de compositores e intérpretes como João Rubinato (Adoniran Barbosa), Paulo Vanzolini, Germano Mathias, Geraldo Filme, Noite Ilustrada, Jorge Costa, Osvaldinho da Cuíca e Demônios da Garoa. A adoção da perspectiva \"a partir de baixo\" para o estudo da urbanização implica uma série de desafios metodológicos, cuja discussão é objeto da primeira parte da tese. Na segunda, investiga-se as condições de produção das fontes adotadas (o samba) a partir da análise das condições de vida e experiências urbanas dos sambistas. Para isso, são consideradas diversas fontes biográficas (biografias publicadas, trabalhos acadêmicos, entrevistas, documentários em diversos meios de divulgação), a partir das quais se constroi a trajetória dos sambistas no espaço urbano; a profissionalização dos sambistas ou as estratégias de sobrevivência e resposta à condição de insegurança estrutural que caracteriza, em quase todos os casos, a vida desses artistas; e a resposta coletiva a essas condicionantes, em termos de formas de organização dos sambistas, a constituição de suas identidades grupais, de suas redes sociais, e outras formas de associação. Na terceira e última parte, são analisados os sambas propriamente ditos, tanto em seus conteúdos líricos (letra) quanto musicais (melodia), articulando-os em busca de uma compreensão das percepções, dos desígnios e das expectativas (manifestas e tácitas) a respeito da cidade e suas transformações. |