Urbanização em Goiás no século XVIII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Boaventura, Deusa Maria Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-13052010-090028/
Resumo: A urbanização da Capitania de Goiás esteve na dependência direta da política centralizadora de ocupação colonial portuguesa do século XVIII, particularmente no que se refere à expansão e legitimação do território além do meridiano de Tordesilhas e ao descobrimento de importantes pontos mineratórios localizados na região central do Brasil. A consolidação dessa política e, conseqüentemente, da ocupação de Goiás, coube ao colonizador que, colocando-se a serviço da averiguação de míticos imaginários, utilizou os recursos de uma cartografia em crescente desenvolvimento desde o século XVI e que lhe permitiram comutar imprecisas informações e relatos em cálculos exatos e ter uma real visualização do novo espaço. Com essas ações, formaram-se na Capitania mais de cinqüenta núcleos urbanos, segundo uma tradicional concepção do urbanismo português, que previa a realização de levantamentos topográficos e o uso de mapas feitos por sertanistas, engenheiros militares e governadores que, juntos, se responsabilizaram pela organização e desenho do território. Outras formas estratégicas de ocupação territorial também foram adotadas por Portugal, tais como a criação da prelazia e de paróquias, a abertura de caminhos, a adoção do sistema sesmarial, a fundação da capital e o incentivo às atividades mineratórias e agropastoris. Para a efetiva posse do território goiano, a Coroa lusa implantou também normas indigenistas e incentivou a construção de aldeamentos desde a primeira metade do século XVIII, os quais, embora sem a perfeição de traçado alcançada no período pombalino, foram concebidos a partir de praças centrais, retangulares ou quadradas, inscritas em malhas previstas, cujas características garantiram a continuidade de uma tradição portuguesa de desenho urbano erudito e regular, que se baseava em princípios matemáticos e geométricos.