Estudo retrospectivo de osteonecrose dos maxilares associado ao uso dos bisfosfonatos em pacientes oncológicos: fatores de risco, aspectos clínicos, imagenológicos e terapêuticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Martins, Marco Antonio Trevizani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-29092009-075642/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de risco, aspectos clínicos, imagenológicos e terapêuticos da osteonecrose dos maxilares associada ao uso dos bisfosfontos (ONMAB), bem como compará-los com o estado atual da doença, na busca de parâmetros que favoreceram o reparo tecidual. Foram avaliados retrospectivamente 40 casos de ONMAB de pacientes oncológicos encaminhados para avaliação estomatológica. Os dados demográficos, clínicos, imagenológicos, laboratoriais, histopatológicos e terapêuticos foram analisados. Foi realizada análise descritiva dos dados e para associar o estado atual da osteonecrose com as demais variáveis foi utilizado o teste exato de Fisher. O nível de significância estabelecido foi de 5% (p0,05). A ONMAB se mostrou mais comum em mulheres, com idade média de 59 anos e associadas mais freqüentemente ao de câncer de mama, seguido de câncer de próstata e do mieloma múltiplo. O principal bisfosfonato utilizado foi o ácido zoledrônico com média de uso de 23,54 meses. A exodontia, o tratamento quimioterápico e com corticóides foram associados com mais da metade dos casos. O aspecto clínico principal foi a exposição óssea com sintomatologia dolorosa associados ou não à drenagem de secreção, principalmente em mandíbula. Modificações no trabeculado ósseo, erosão da cortical e osteoesclerose foram os principais achados de imagem. Dentre todos os tratamentos realizados, a associação de cirurgia com plasma rico em plaquetas (PRP) e laser de diodo foi a mais utilizada (52,5%) e que mostrou alto índice de sucesso clínico (62,96%). A evolução dos casos tratados mostrou que 67,5% apresentaram reparo tecidual e mesmo aqueles que mantiveram a exposição óssea não mostraram sintomatologia dolorosa. A classificação clínica e o tipo de tratamento empregado influenciaram de forma significante a resolução da ONMAB. Conclui-se que medidas de controle local de infeccção, antibioticoterapia e pequenos debridamentos ósseos devem ser adotadas nos quadros de ONMAB, porém em conjunto com a utilização de bioestimuladores teciduais como o PRP e laser de diodo que promovem de forma mais eficiente o reparo tecidual.