Tratamento da osteonecrose medicamentosa dos maxilares: estudo de série de casos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandes, Tito Lúcio lattes
Orientador(a): Franco, Gilson Cesar Nobre lattes
Banca de defesa: Kluppel, Leandro Eduardo lattes, Scariot, Rafaela lattes, Coelho, Ulisses lattes, Campagnoli, Eduardo Bauml lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Departamento de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4119
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar de forma retrospectiva o resultado do tratamento de uma série consecutiva de 11 pacientes diagnosticados com osteonecrose medicamentosa dos maxilares (ONMM). Todos pacientes eram do sexo feminino e com idade média de 74,8 anos. Nove pacientes foram medicadas com bifosfonatos orais para tratamento de osteoporose e duas pacientes foram medicadas com zoledronato para tratamento de câncer de mama metastático. O tempo médio de exposição às drogas antirreabsortivas ósseas antes de desenvolver a doença foi de 6,7 anos. A ONMM prevaleceu na mandíbula, com a ocorrência de fratura patológica em uma paciente. A maioria das pacientes foi classificada no estágio 2 da doença, e os fatores desencadeantes mais frequentes foram a extração dentária e o tratamento com implantes dentários. Todas pacientes foram submetidas a tratamentos conservadores e cirúrgicos, mas nenhuma delas necessitou de ressecção cirúrgica segmentar. O tratamento adjuvante da ONMM foi usado em cinco pacientes, com a administração de pentoxifilina com tocoferol e oxigenoterapia hiperbárica. Os períodos médios de tratamento e acompanhamento foram de 5 e 21,3 meses, respectivamente. Houve a resolução completa da doença em todas pacientes, sem recorrência nos locais operados. A ONMM pode levar a sequelas locais graves em seus estágios mais avançados, como fraturas mandibulares, e complicações à distância, embora raras, podem acontecer com a disseminação hematogênica do agente infeccioso. Uma das paciente da série de casos apresentou fratura mandibular patológica relacionada ao estágio 3 da doença, além de fratura atípica e osteomielite do fêmur. Concluiu-se que a ONMM deve ser diagnosticada precocemente e pode ser tratada com terapias conservadoras e cirurgias minimamente invasivas, evitando ressecções cirúrgicas segmentares e reconstruções ósseas extensas.