As ferrovias brasileiras e a expansão recente para o centro-oeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Fici, Ricardo Petrillo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-21012008-133901/
Resumo: Este trabalho de pesquisa tem como objetivo investigar e discutir a expansão dos projetos de transportes na região Centro-Oeste e sua relação com a expansão agrícola. A pesquisa foi feita através de consultas em revistas especializadas, e textos de pesquisa econômica. O Brasil apresenta sérios problemas de infra-estrutura que prejudicam sua capacidade produtiva e comprometem seu crescimento econômico. Atualmente, um dos gargalos mais perceptíveis que impedem o crescimento da economia é a necessidade de ampliação e modernização dos meios de transportes de cargas para atender com qualidade a produção industrial e agrícola. Não é suficiente obter recordes consecutivos na produção de grãos e minérios se não há recursos adequados para fazer o escoamento em tempo hábil aos portos e consumidores. Há mais de 50 anos, o Brasil priorizou as rodovias e hoje sofre com a falta de recursos financeiros para manter as estradas e ampliar as rotas para as regiões afastadas dos principais centros econômicos. Mesmo após as privatizações, as rodovias continuam precárias e sem perspectivas de melhoramentos a curto prazo. O transporte rodoviário tem suas vantagens, mas seus custos de manutenção e ampliação são mais elevados, principalmente se forem considerados as despesas para policiamento, engenharia de tráfego, além dos problemas ambientais causados pelo desmatamento e poluição nas grandes cidades. As ferrovias tem maior capacidade de carga, contemplam as necessidades continentais do Brasil, e seu custo de manutenção é reduzido. As ferrovias foram esquecidas por quase meio século e os 30.000 quilômetros de estradas de ferro em funcionamento são insuficientes para atender a produção nacional. A malha ferroviária atual transporta aproximadamente 23% da produção do país a custos mais acessíveis. Após as privatizações os novos investimentos do setor privado geraram um aumento de 94% na produtividade do sistema na última década. A ampliação das ferrovias requer maior vontade política do governo e da sociedade para que os trilhos tenham maior representação dentro da matriz dos transportes do Brasil.