Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Maria de Lourdes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-03052019-121159/
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Resumo: |
A presente tese procurou estudar como a ausência, representada por elementos como a incomunicabilidade, a não-identificação, o entre-lugar, a perda e a morte, dentre outros, ajuda a deflagrar atmosferas e emoções de insólito e de medo nas obras Vinil Verde (2004), curta-metragem de Kleber Mendonça, e Os lobos dentro das paredes (2006), narrativa gráfica de Neil Gaiman. Em ambos os enredos, o mundo ficcional dos personagens é desestabilizado por fatos inexplicáveis que se sobrepõem à rotina do cotidiano. A ausência faz parte da existência humana e, como recurso estético, ajuda a construir variados sentimentos, sensações e ambientações, como a solidão e a melancolia. Dentre os efeitos que ela pode provocar, estão os do insólito e o do medo. O insólito na narrativa ficcional carrega a força e a potência de desestruturar a ordem, provocando incômodo, estranhamento e dúvida. O medo, por sua vez, é uma sensação inerente ao ser humano que, no campo ficcional, como experiência estética, tem fascinado crianças, jovens e adultos, o que se traduz pelo grande número de produções literárias e fílmicas que se fundamentam no susto e no pavor. Por um viés comparativo e multidisciplinar, que engloba obras de diferentes suportes (um livro ilustrado e um audiovisual), foram postos em foco os principais recursos estéticos que cada suporte utilizou para revelar os traços de ausência e, como resultado, provocar o estranhamento e o medo. O profícuo diálogo entre as linguagens verbal, visual e sonora, em que a palavra, a imagem e o som se articulam para construir múltiplas significações e múltiplas leituras, proporciona uma rica troca de saberes e uma singular leitura de mundo. |