O insólito e a crítica social nos textos ficcionais de prosas bárbaras, de Eça de Queirós

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carniel, Jean Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183496
Resumo: Investiga-se, nessa pesquisa, as primeiras produções ficcionais de Eça de Queirós (18451900), publicadas na Gazeta de Portugal (1866-1867) e na Revolução de Setembro (1870), e que foram compiladas, postumamente, sob o título Prosas bárbaras (1903), por Luís de Magalhães. Estudaremos, portanto, as seguintes narrativas: “A ladainha da dor”, “Misticismo humorístico”, “As misérias. I – Entre a neve”, “Farsas”, “Onfália Benoiton”, “Notas marginais”, “O milhafre”, “O lume”, “Memórias duma forca”, “O Senhor Diabo” e “A morte de Jesus”. O início da carreira de Eça é pouco explorado pelos manuais de literatura e, muitas vezes, deixado em segundo plano por parte dos estudiosos, pois é visto por parte da crítica como um período de imaturidade e de experiência literárias, que se distanciaria do seu aclamado realismo e se aproximaria do fantástico ou, mais precisamente, do insólito. É nosso objetivo estudar como Eça utiliza o insólito nos textos ficcionais de Prosas bárbaras. Para isso, utilizamos como referencial teórico as considerações de Covizzi (1978), de García (2007; 2012), de Batalha (2011; 2012), dentre outros, que fazem uma reflexão sobre o insólito. Trabalhamos com a hipótese de que Eça de Queirós – um autor canonicamente conhecido como realista – insere a crítica social, tão comum no decorrer de toda a sua produção, já nos seus textos insólitos do início da carreira. Trata-se, portanto, de uma leitura valorativa das primeiras produções ficcionais queirosianas.