Mulheres empreendedoras e startups no Brasil: situação atual, desafios e potenciais ações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pavan, Andressa Conti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12142/tde-06122024-130209/
Resumo: O empreendedorismo no Brasil movimenta a economia e é responsável pela geração de muitos empregos. Dentre os diversos tipos de empreendedorismo, encontra-se o empreendedorismo feminino, com uma participação muito relevante na taxa do empreendedorismo total e que vem crescendo a cada ano, apesar de ainda haver pouco suporte e poucos estudos na literatura sobre o tema, especialmente no que diz respeito a startups fundadas por mulheres no Brasil. Assim sendo, considerando-se que ainda há espaço para aprofundar os estudos no campo do empreendedorismo feminino e de startups, o objetivo desta dissertação foi investigar as razões que explicam o porquê de, no Brasil, existirem poucas startups fundadas por mulheres e potenciais ações que possam modificar este cenário. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados a partir de fontes secundárias como livros, artigos etc. e fontes primárias, por meio de entrevistas semiestruturadas em profundidade realizadas com dez empreendedoras. Os dados primários coletados foram submetidos à análise de conteúdo, com auxílio do software Atlas.ti. O resultado permitiu constatar que as principais razões pelas quais há poucas startups fundadas por mulheres no Brasil são: dificuldade de obter recursos financeiros; o fato de o setor de Ciência e Tecnologia ser majoritariamente masculino; a questão estrutural da sociedade, que espera que a mulher cumpra com as obrigações domésticas; a necessidade de ter uma rede de suporte e networking; o estágio de desenvolvimento econômico do país; a aversão ao risco, por parte das mulheres; e a falta de programas de incentivo focados no empreendedorismo feminino. A partir desses resultados, foram propostas potenciais ações para modificar essa realidade atual do Brasil, buscando contribuir com o crescimento do número de startups fundadas por mulheres no país e, assim, apoiando o empreendedorismo feminino, por meio de: programas focados especificamente em atender às necessidades das mulheres; oferecimento de uma rede legal de suporte; redes de networking em que as mulheres se sintam seguras para compartilhar suas experiências e dificuldades; e programas de fomento para abertura de startups, especialmente por jovens. Assim sendo, acredita-se que a presente pesquisa venha a contribuir com as mulheres empreendedoras, com o ambiente do empreendedorismo no Brasil e seus envolvidos e com a Academia, ao avançar nos estudos sobre o tema.