Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Maia, Marcel Maggion |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-10102024-163342/
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Resumo: |
Esta pesquisa toma o processo de qualificação de projetos de negócios incipientes conduzido por aceleradoras de startups como objeto de estudo capaz de restituir o papel dos dispositivos relativos à calculabilidade e à significação de novas firmas. Diante da literatura estabelecida sobre startups, calcada principalmente nas abordagens das redes sociais e dos sistemas de inovação, a pesquisa explora um problema ainda pouco tratado: o da coordenação mercantil necessária à promoção do encontro entre empreendedores e investidores. Para tal, as aceleradoras são apreendidas teoricamente enquanto intermediadoras que qualificam as condutas que visam transformar um projeto empreendedor em um objeto de investimento. O material empírico é composto por observações de cunho etnográfico e entrevistas em duas aceleradoras. Na primeira delas, especializada na qualificação de projetos que desenvolvem novas tecnologias no âmbito da Fapesp, verifica-se que os empreendedores são orientados a explorar a dissonância entre as suas expectativas quanto à aplicação mercantil das tecnologias que desenvolvem e as expectativas de potenciais consumidores, conformando uma fricção criativa mercantilizadora. Na segunda aceleradora, voltada a projetos acolhidos no âmbito do Sebrae, observa-se que as atividades se concentram na elaboração de narrativas sobre o potencial dos projetos, mobilizando dispositivos que os tornam projetos críveis e, assim, passíveis de investimento. Afinal, constata-se que discursos, como os pitches, e esquemas gráficos, como o Canvas, são dispositivos prescritivos e habilitadores os quais, uma vez institucionalizados nas aceleradoras, estabelecem rotinas que promovem o confronto de princípios de valor e, ao fim, produzem as startups que os investidores esperam ver produzidas |