Modelo experimental de acidente vascular encefálico (AVE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ferreira, Guilherme José Bolzani de Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-24032008-141559/
Resumo: Foi desenvolvido um modelo experimental de Acidente Vascular Encéfalo Isquêmico (AVE) em suínos utilizando seis animais jovens, oriundos de granjas da região da Grande São Paulo, com 20kg de peso vivo em média, sendo todas fêmeas e hígidas. Estes foram submetidos a sedação com Quetamina (5mg/kg), Midazolan (0,5mg/kg) e Fentanil (0,005mg/kg) por via intramuscular e posteriormente intubados via oro - traqueal. A manutenção anestésica foi realizada utilizando isoflurano (vaporizador calibrado a 1,5%). Puncionou-se uma veia auricular para fluido e medicação de emergência se necessário. Os animais em plano anestésico foram submetidos a uma cateterização da artéria femoral que com auxilio de um fluoroscópio (Philips). Guiouse um cateter até a artéria carótida interna esquerda, local onde foi identificada a rede admirável epidural rostral. Mediante injeção de contraste (Telebrix), constatou-se que a cateterização apresentava-se seletiva na artéria carótida interna em posição ventral à rede admirável. Com esta confirmação fez-se a infusão de 1,0g de micro esferas de vidros que possuíam aproximadamente 0,4mm de diâmetro. Este procedimento de seletivação da artéria carótida interna foi repetido no antímero direito, realizandose a infusão de mesma quantidade de micro esferas, perfazendo um total de 2g de micro esferas de vidros por animal. Após 4 dias (96 horas) estes animais foram submetidos ao exame de ressonância nuclear magnética no Instituto de Física da USP. Para este procedimento os animais eram mantidos anestesiados com propofol (3mg/kg) por infusão continua durante todo o exame. A análise das imagens obtidas pela ressonância nuclear magnética indicou que este procedimento causou pontos de isquemia cerebral principalmente no antímero esquerda do cerebelo dos animais. Este fato confirmou as observações realizadas pela sintomatologia clínica apresentada pelos animais nos dias que antecederam o exame de ressonância nuclear magnética. Com estas lesões podemos afirmar que a metodologia desenvolvida para reprodução de AVE em suínos foi estabelecida. O modelo permite realizar estudos terapêuticos para esta doença que acomete um significativa parcela da população economicamente ativa da sociedade brasileira.