Alterações de voz e achados de neurorradiologia em pacientes com Acidente Vascular Encefálico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Godoy, Juliana Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-12062012-162244/
Resumo: As disfonias neurológicas são distúrbios vocais que acompanham lesões ou alterações no sistema nervoso. O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a segunda causa de morte no mundo e os danos cerebrais causados podem afetar a comunicação do indivíduo em diversos aspectos. As alterações de voz características dessas lesões são pouco descritas quanto à localização e extensão do acometimento cerebral. Desta forma, torna-se importante compreender a interferência das alterações no Sistema Nervoso Central (SNC) na produção da voz, visando maior substrato para reabilitação. Os objetivos do trabalho foram caracterizar a população de pacientes acometidos por AVE conforme a topografia da lesão observada ao exame de Tomografia Computadorizada (TC) e relacionar tais achados com as características fonatórias encontradas. Participaram do estudo 10 idosos acometidos por AVE. Foram realizadas avaliação perceptivo-auditiva da voz por meio d o protocolo CAPE-V, análise do Tempo Máximo de Fonação e avaliação da diadococinesia (DDC) laríngea, por meio do programa Motor Speech Profile Advanced, da KayPentax. Os exames de neuroimagem foram classificados quanto a localização, extensão, lateralidade e território de vascularização da lesão cerebral. Foi observado um grupo homogêneo de cinco sujeitos que apresentaram AVEs extensos de acometimento da artéria cerebral média e outros cinco sujeitos que apresentaram AVEs de menor extensão e com localização variada no cérebro. Os resultados da avaliação de voz foram relacionados com os achados dos exames de imagem e foi observado que não houve relação entre a localização e extensão da lesão cerebral com as alterações vocais dos indivíduos. As vozes dos sujeitos mostraram predominantemente presença de rugosidade, instabilidade e pastosidade, além de velocidade reduzida e instabilidade na repetição de vogais, indicativas de alteração no controle motor laríngeo, bem como redução dos tempos máximos de fonação, indicativos de alteração no controle do fluxo aéreo.