Aspectos afetivos na percepção da dor pediátrica, estresse e qualidade de vida de crianças hospitalizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Castro, Ana Cláudia Matsuda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-16102013-142442/
Resumo: O presente estudo teve por objetivo examinar a relação entre dor em crianças enfermas e hospitalizadas e a percepção materna sobre a dor, a qualidade de vida da criança e indicadores psicológicos da mãe e da criança. A amostra foi composta por 30 crianças de seis a 12 anos internadas na Enfermaria Pediátrica e suas mães. Os instrumentos utilizados foram: Escala de Faces Revisada e Escala de Stress Infantil com as crianças e Escala de Faces Revisada, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas e Questionário de Qualidade de Vida relacionado à Saúde com as mães, Roteiros de Caracterização da Criança e Socioeconômica. Os dados foram submetidos à análise de estatística descritiva, à análise de relação entre variáveis por meio do teste de correlação de Pearson, do teste de Qui-quadrado e do teste de Mann-Whitney. Foram examinados os modelos de predição por meio da análise de regressão linear múltipla, tendo a variável predita qualidade de vida da criança e as variáveis preditoras estresse infantil e enfrentamento de problemas materno. Em relação à dor, quanto maior a intensidade de dor avaliada pela criança, maior era o estresse e as reações fisiológicas e psicológicas das crianças. Em relação ao estresse materno, as mães com estresse apresentaram maiores escores nos modos de enfrentamento focalizados na emoção. Em relação à qualidade de vida, quanto mais estresse na criança e quanto mais respondia com reações físicas e psicológicas ao estresse, menor a qualidade de vida relacionada à capacidade física, à dor e desconforto corporal e menor a qualidade de vida física. Quanto maior a intensidade da dor avaliada pela criança menor o índice de qualidade de vida relacionada a capacidade física. Quanto menores os índices de qualidade de vida dos itens relacionados à qualidade de vida física, capacidade física e a limitação social devido à saúde física, maiores eram os enfrentamentos baseados na busca de práticas religiosas e pensamentos fantasiosos nas mães. Quanto menor a qualidade de vida relacionada à dor e desconforto corporal, maior era o enfrentamento das mães focalizado na emoção. As análises de predição identificaram os seguintes modelos para a qualidade de vida: (a) o pior índice de qualidade de vida física associou-se a maiores índices de enfrentamento baseado na busca de práticas religiosas e pensamentos fantasiosos e a maiores valores de estresse infantil, reações físicas e reações psicológicas ao estresse; (b) maiores valores de reações físicas e psicológicas ao estresse e maiores valores de enfrentamento baseado na busca de práticas religiosas e pensamentos fantasiosos relacionavam-se significativamente com pior índice de qualidade de vida relacionada à capacidade física; (c) pior qualidade de vida relacionada à dor e desconforto corporal relacionou-se a maiores valores de enfrentamento focalizado na emoção e maiores índices de reações psicológicas ao estresse. O suporte psicológico, a fim de assegurar melhor qualidade de vida de crianças hospitalizadas, deve considerar os aspectos relacionados à dor, desconforto e estresse experimentados pela criança e os modos de enfrentamento do estresse materno.