Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Nátali Castro Antunes Caprini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-29052015-164625/
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Resumo: |
O presente estudo teve por objetivo avaliar a eficácia de uma intervenção não-farmacológica de distração no alívio de dor aguda em crianças hospitalizadas submetidas a procedimentos dolorosos por demanda clínica, controlando variáveis de estresse e catastrofização de dor. O delineamento do estudo foi um ensaio clínico randomizado cruzado (cross-over). A amostra do estudo foi composta por 40 crianças na fase escolar (6 a 11 anos), que estavam internadas na Enfermaria de Pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP e que foram submetidas a procedimento de punção venosa ou arterial prescrito por demanda clínica. Os participantes foram randomizados em dois grupos, sendo que todas as crianças receberam a intervenção e foram controles de si mesmas, mas em dois períodos distintos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do hospital. Inicialmente, avaliações do estresse e catastrofização de dor foram processadas, utilizando-se, respectivamente, a Escala de Estresse Infantil (ESI) e a Escala de Catastrofização de Dor para Crianças (PCS-C), a fim de controlar essas variáveis. Para avaliação da intensidade de dor foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala Visual Analógica (VAS) e Escala de Faces Revisada (FPS-R). Na coleta de dados, o Grupo 1 recebeu a intervenção de distração audiovisual antes e durante um procedimento de punção realizado pela enfermeira e, em outro dia um segundo procedimento de punção foi realizado sem intervenção. No Grupo 2, por sua vez, o procedimento ocorreu de forma inversa, sendo primeiramente sem intervenção e posteriormente com intervenção. A intervenção constituiu-se na distração audiovisual com o direcionamento da atenção da criança antes e durante o procedimento doloroso para filmes de curta metragem com temáticas infantis. Após a conclusão dos procedimentos de punção eram aplicadas as duas escalas de dor para avaliar a percepção da intensidade de dor pelas crianças. A análise de variância ANOVA 2 X 2 com comparação entre- e intra-grupos foi processada com a finalidade de atender ao objetivo do estudo. O nível de significância adotado em todas as análises realizadas no presente estudo foi de 5%. Os resultados mostraram que os dois grupos foram semelhantes nas medidas basais de estresse e catastrofização de dor; não houve diferenças estatisticamente significativas nessas variáveis. Verificou-se que houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos períodos com e sem intervenção da distração; os escores em ambas as escalas FPS-R e VAS mostraram-se menores no período com distração em comparação ao período sem intervenção. Além disso, a sequência de exposição da distração nos grupos e o período em que foi realizada a distração também interferiram significativamente no efeito da intervenção de distração. A análise do efeito carry-over mostrou que aproximadamente 30% dos efeitos estimados no alívio de dor foram atribuídos exclusivamente à intervenção de distração. Em conclusão, a intervenção de distração audiovisual foi eficaz na redução da percepção da intensidade de dor durante o procedimento doloroso agudo em crianças hospitalizadas. A técnica de distração pode ser recomendada como uma estratégia não-farmacológica simples e eficaz para alívio da dor aguda, podendo ser implementada na prática clínica em ambientes de cuidados pediátricos. |