Avaliação da musicoterapia espécie-específica para a redução de fatores indicativos de estresse em gatos hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paz, Juliane Elisabeth Gress
Orientador(a): Costa, Fernanda Vieira Amorim da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/211235
Resumo: O ambiente hospitalar pode ser bastante estressante. O estresse prejudica a saúde e a recuperação dos gatos internados. Buscar alternativas que auxiliam no bem-estar do gato durante sua permanência no hospital é essencial e faz parte do tratamento clínico e do manejo adequado no ambiente de internação veterinária. Estudos em humanos e alguns animais, tem mostrado a efetividade da musicoterapia para redução do estresse, ansiedade e dor. Recentemente, tem se pesquisado a eficácia de músicas, especialmente desenvolvidas para os animais, em reduzir o estresse. O objetivo do estudo foi avaliar se a musicoterapia com uso diferentes estímulos auditivos – música clássica e música específica felina – comparados ao ambiente sem música é capaz de reduzir indicativos de estresse no ambiente de hospitalização de gatos. Um total de 35 gatos hospitalizados foi dividido em grupos e cada grupo recebeu um estímulo diferente – música específica (GME), música clássica (GMC) ou controle sem música (GC) - ao longo de sua hospitalização. A avaliação do estresse foi realizada através do escore de estresse, aferição de frequência respiratória, cortisol salvar, grau de contenção e interação interespecífica. Os animais tiveram cinco avaliações filmadas (AV1 às 11h30min, AV2 às 17h30min ambas do primeiro dia, AV3 às7h30min do segundo dia, AV4 às 11h30min e AV5 às 17h30min do segundo dia) o escore de estresse foi determinado posteriormente através da análise dos vídeos feitos dos pacientes, por pesquisador simples-cego. Interação e frequência respiratória foram avaliados por pesquisador durante a filmagem. Amostras de saliva para determinação do cortisol salivar foram coletadas no primeiro e no segundo dia. O escore de estresse médio no grupo música específica (GME) foi de 2,9 ± 0,1, para o grupo música humana (GMH) o escore médio foi de 2,8 ± 0,1 e para o grupo controle (GC) de 3,2 ± 0,3. Não houve diferença entre os grupos no escore médio, entretanto, todos os gatos que apresentaram aumento do escore (quando comparado a primeira com a última avaliação) pertenciam ao grupo controle. A maioria dos gatos que aceitou a aproximação e o toque de forma positiva na primeira avaliação se deu no grupo música específica. Quanto à frequência respiratória, o grupo controle (GC) foi o único que aprestou aumento na AV4, em GME a FR pouco se alterou durante as avaliações e em GMH houve redução gradual. A quantificação do cortisol não pareceu acompanhar o escore de estresse. Entretanto, devido ao número baixo e pouco representativo das amostras, não foi possível realizar análise estatística sobre esses resultados. Tanto a música específica como a música clássica parecem trazer benefício para gatos hospitalizados.