Efeitos da perda de peso na massa óssea e alterações metabólicas em adolescentes obesos pós-púberes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santos, Luana Caroline dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-11042008-162645/
Resumo: A obesidade encontra-se associada a uma série de alterações metabólicas que podem elevar o risco de doenças crônicas não-transmissíveis. Em contraste, o excesso de peso apresenta-se como um fator protetor para a ocorrência de fraturas e baixa densidade óssea. Considerando que a adolescência é um período crucial para aquisição da massa óssea e minimização do risco de osteoporose na maturidade e os efeitos da perda de peso sobre a massa óssea, neste estágio de vida, não são completamente elucidados, o presente estudo foi desenvolvido. Objetivou-se investigar os efeitos da perda de peso sobre a massa óssea e as alterações metabólicas em adolescentes obesos pós-púberes. Realizou-se a revisão bibliográfica sobre o tema e um estudo longitudinal contemplando um período de 9 meses de intervenção baseada em dieta hipocalórica e orientações nutricionais. Foram incluídos 55 adolescentes pós-púberes, 43 meninas, com média de idade de 16,6 (1,4) anos, com índice de massa corporal por idade superior ao percentil 95. Os participantes foram monitorados a cada três semanas por meio de avaliação antropométrica (aferição do peso, estatura e circunferência) e do consumo alimentar (recordatório alimentar de 24 horas). Realizaram-se avaliações da composição corporal e da densidade mineral óssea de corpo total por meio da DXA (dual energy X-ray absorptiometry), do consumo alimentar (registro alimentar de 3 dias) e de parâmetros metabólicos (colesterol total e frações, tricilgliceróis, glicemia de jejum, insulina, leptina e grelina) no início do estudo, após 3 meses e ao fim da intervenção. Verificou-se que 44,4 por cento dos participantes não apresentavam redução do peso. O grupo que respondeu à intervenção apresentou média de perda de peso de 6,2 (4,6) por cento ao fim do estudo. Neste grupo, houve significativa redução do consumo energético, de 2105,4 (537,6) Kcal/dia na primeira avaliação para 1738,8 (608,4) Kcal/dia ao fim do estudo. Observou-se incremento da atividade física entre os participantes e melhora dos parâmetros metabólicos entre adolescentes que perderam peso.