Glottodrama na aula de italiano como língua estrangeira: os recursos participativos empregados pelos aprendizes na realização de atividades didáticas para a teatralização de um texto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lorenzen, Salete
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-15022019-122321/
Resumo: Esta dissertação de mestrado trata do ensino do italiano como língua estrangeira (LE) a universitários brasileiros cuja língua materna (LM) é o português brasileiro. Esses estudantes estão inscritos no curso de graduação em Língua e Literatura Italiana da Universidade de São Paulo e, no que concerne à aprendizagem da LE, estão nos níveis A2-B2 do Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas (QCERL, 2001). O objetivo da pesquisa é analisar os recursos participativos, indicadores das formas de colaboração e aprendizagem, empregados pelos estudantes na realização de atividades didáticas que compõem as fases de um curso baseado na metodologia Glottodrama para o ensino de línguas. Segundo Nofri (2010), por meio do uso de técnicas teatrais no ensino de LE, o Glottodrama tem, entre os seus objetivos, o desenvolvimento da habilidade de produção oral dos aprendizes de maneira que essa produção seja mais semelhante à comunicação que acontece fora da sala de aula. A abordagem adotada para a análise dos dados do corpus deste estudo fundamenta-se nas teorias de aquisição-aprendizagem de línguas, que visam à construção da competência comunicativa do aprendiz; e nos estudos interacionistas, que consideram a aquisição da língua como resultado de uma abordagem didática baseada na aprendizagem colaborativa. A partir da análise das sequências dialógicas, percebemos que, enquanto trabalhavam em grupo, para realizar as atividades didáticas para a teatralização de um texto, no plano metalinguístico, os estudantes assumiram papéis sociais distintos, de acordo com as próprias competências comunicativas (FERRONI; BIRELLO, 2013; CAMPS, 2005), e realizaram movimentos de auto e heterocorreções (DE PIETRO, MATTHEY e PY, 1989) para negociarem a compreensão do input e a melhora do output (SWAIN, 1985, 2005). No plano metacomunicativo (CILIBERTI, 2016; BATESON, 1972), os estudantes optaram pela interação criativa, em que prevaleceu o uso da LE de forma autêntica. Conclui-se que esse contexto de aprendizagem favoreceu a utilização de recursos participativos nas atividades comunicativas de forma semelhante a contextos naturais; aumentou a motivação e a integração social. Além disso, o uso funcional da LE forneceu aos estudantes a oportunidade de desenvolvimento do próprio sistema linguístico.