Considerações sobre o emprego do futuro do subjuntivo na produção escrita de aprendizes italianos de PLE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cintra, Monique Carbone [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/142836
Resumo: Este trabalho consiste na análise da produção escrita de universitários italianos aprendizes de português como língua estrangeira (PLE) nos cursos de “Línguas e Culturas Estrangeiras” e “Tradução Intercultural” do departamento de Letras de uma universidade da região central da Itália. Dedicamos nossa atenção, em particular, para o futuro do subjuntivo que é um tema pouco explorado na área de PLE e que, sendo uma forma verbal exclusiva da língua portuguesa, é motivo de grande dificuldade por parte dos aprendizes italianos. Assim sendo, traçamos um percurso que prevê desde a identificação dessas dificuldades até a sua descrição e classificação, bem como a análise das estruturas linguísticas pragmáticas desses alunos quando inseridos num contexto irrealis com projeção futura. Para fundamentar o nosso estudo, recorremos a teorias da Linguística Geral e, predominantemente, da Linguística Aplicada com o intuito de considerarmos algumas questões envolvidas na aquisição/aprendizagem do FS por aprendizes que possuem o subjuntivo no presente e no passado no paradigma da língua materna, mas não dispõem desse modo no tempo futuro, como é o caso dos italianos. Baseamo-nos nas teorias relacionadas com o processo de aquisição/aprendizagem de língua estrangeira (LE), tais como a Análise de Erros (CORDER, 1967) e a Interlíngua (SELINKER, 1972) para o estudo das dificuldades verificadas nas produções escritas. Pautamo-nos também no foco principal da abordagem funcionalista que considera a língua em uso, ou seja, que as estruturas linguísticas são empregadas a partir das necessidades de comunicação dos usuários da língua, para examinarmos os enunciados escritos por esses aprendizes. Ademais, sabemos que na aquisição/aprendizagem de uma LE, um dos processos cognitivos mais recorrentes é a interferência da língua materna, que quando entendida como estratégia do processo de aprendizagem pelo qual o estudante passa, pode indicar as associações feitas pelo aprendiz e despertar a reflexão do professor acerca de uma metodologia diferenciada. Por meio deste estudo, buscamos também disponibilizar resultados que possam ser reunidos às teorias desenvolvidas na área de PLE e utilizados pedagogicamente no contexto específico de ensino que aqui se apresenta.