Níveis de atividade física após acidente vascular cerebral: preditores e instrumentos de mensuração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Makhoul, Marina Portugal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-18022022-111252/
Resumo: Introdução: Indivíduos que tiveram acidente vascular cerebral (AVC) apresentam alterações nos domínios da atividade física. Porém, ainda não se sabe quais são os fatores físicos e psicossociais que são preditores do nível de atividade física após AVC. Para mensurar o nível de atividade física existem, basicamente, duas formas, a autorrelatada e a objetiva. Elas conseguem capturar diferentes domínios da atividade física e comparar se o que o indivíduo relata fazer ou realmente faz no seu dia a dia. Objetivo: Investigar os preditores físicos e psicossociais do nível de atividade física em indivíduos após AVC e comparar a forma autorrelatada e objetiva de mensuração do nível de atividade física após AVC. Adicionalmente, pretende-se comparar o número de passos dados pelos indivíduos categorizados como inativos, moderadamente ativos e ativos pelo instrumento autorrelatado. Método: Trata-se de um estudo transversal e exploratório. Os fatores físicos selecionados para o modelo foram mobilidade, avaliada pelo teste Time Up and Go (TUG), resistência para marcha pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6min) e velocidade de marcha pelo teste de caminhada de 10 metros (TC10m). Os fatores psicossociais foram a depressão, avaliada pelo Inventário de depressão de Beck (BDI) e a autoeficácia, mensurada pela escada de autoeficácia após AVC (SSEQ-B). A forma objetiva de mensuração do nível de atividade física foi feita pela contagem do número de passos diários por aplicativo de celular. A avaliação autorrelatada foi feita pelo questionário Perfil de Atividade Humana (PAH). Uma regressão linear múltipla stepwise foi realizada para identificar os preditores. A correlação de Pearson visou comparar os métodos de mensuração e a ANOVA Oneway comparou o número de passos dos grupos categorizados pela PAH. Resultados: A média de passos diário foi de 4090 (±3070). Trinta e cinco porcento da amostra foi classificada como inativos, 53% como moderadamente ativos e 6% como ativos. Todos os fatores físicos e a autoeficácia como fator psicossocial se associaram ao nível de atividade física objetivamente mensurado. Apenas a velocidade e marcha foi preditora explicando 47%. A correlação entre a mensuração autorrelatada e objetiva foi moderada (r=0,51 p<0,001). Quando comparados o número de passos entre os grupos classificados pela PAH (F 9,320; p< 0,001), os indivíduos ativos se diferenciaram dos moderadamente ativos (p=0,006) e dos inativos (p<0,001). No entanto, não houve diferença entre os inativos e moderadamente ativos (p=0,180). Conclusão: A velocidade de marcha foi preditora do nível de atividade física objetivamente mensurada após AVC. Existe uma correlação moderada entre as medidas autorrelata e objetiva de mensuração do nível de atividade física. Quando comparados, quanto ao número de passos, o grupo ativo se diferenciou dos moderadamente ativos e inativos, porém, não houve diferenças entre os inativos e moderadamente ativos