A prática dos combinados no processo de legitimação moral no governo da criança e da infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ribeiro, Diana Zaraya
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15022018-103847/
Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo problematizar os combinados, essa prática aparentemente comum na educação de criança pequena, aquela da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. A análise foi realizada a partir de alguns escritos foucaultianos, bem como de autores que se valem deste, em torno de conceitos como governamentalidade, sujeito e relações de saber-poder e se debruça sobre os discursos produzidos pela Revista Nova Escola (1996 a 2015) ao utilizar tal prática, observando o modo como esse periódico opera para que tais discursos se tornem regimes de verdade. Consequentemente, a dissertação também envolveu uma releitura de teóricos construtivistas que, de certa forma, estão envolvidos nas teorias e nos discursos que possibilitaram a conjectura para que os combinados se tornassem parte da prática cotidiana das escolas. No contexto acima exposto, a pesquisa problematizou as receitas contidas em alguns dos conteúdos dos periódicos, as condutas dos professores (leitores da revista) no que se refere à produtividade para incluir tal prática em seus planos de aula, a representação da palavra combinado para as crianças e, principalmente, como todos esses sujeitos (professores, alunos, orientadores etc.) podem tornar-se reprodutores dos mesmos discursos. A análise envolveu também investigar se, e como, os combinados se tornaram regimes de verdade; como podem estabelecer determinadas formas de relações de poder; e como contribuem para que o aluno seja visto como sujeito moderno, racional, essencial, que se autogoverna.