Poder e resistência: pensando a política e a ética em Michel Foucaut

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Stenico, Camila Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-15012016-134814/
Resumo: Esta dissertação intenta preencher a lacuna existente em torno da noção de resistência cunhada por Michel Foucault. Diante de algumas críticas que sugerem, equivocadamente, um fatalismo advindo da analítica do poder desenvolvida pelo autor, a compreensão da noção de resistência e de outras associadas a ela se faz necessária para aprofundar e/ou redirecionar as discussões sobre o tema. Tomando os cursos ministrados por Foucault no Collège de France, entre 1976 e 1984, como o principal foco da análise, procurou-se identificar e mapear as maneiras como o tema geral da resistência foi abordado e desenvolvido. Depois do deslocamento realizado pelo autor da noção de poder para a de governo, no curso de 1978 - Segurança, território, população -, é possível perceber o surgimento de uma nova temática: os processos de subjetivação, em sua relação com os mecanismos de poder e a verdade. É nesse contexto que a questão da resistência - sempre em relação com a questão do poder - pode ser pensada no âmbito da ética e da política: governo de si mesmo e governo dos outros. Então, ainda que as menções específicas de Foucault à noção de resistência sejam esparsas e pontuais, é possível identificar, a partir da análise de seus cursos, entrevistas e outros textos, alguns temas diretamente relacionados a ela, como, por exemplo: contraconduta, insurreição, atitude crítica, práticas de si, práticas de liberdade e estética da existência.