Infância : discussões contemporâneas, saber pedagógico e governamentalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Marin Díaz, Dora Lilia
Orientador(a): Souza, Nádia Geisa Silveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15851
Resumo: A infância, como preocupação central da sociedade contemporânea, foi o assunto que motivou a pesquisa desta dissertação, onde se realiza uma análise em perspectiva arqueo-genealógica da constituição da infância como alvo do saber e do poder. Inicialmente, são revisados alguns discursos sobre a infância para conhecer os elementos a partir dos quais ela é discutida, nas últimas décadas do século XX, como construção cultural e histórica, passando a ocupar, assim, um lugar central nas políticas e práticas escolares e conformando o que é nomeado "campo discursivo da infância". Neste ponto, questiona-se a ideia da morte ou desaparição da infância moderna, argumentando-se a emergência de, pelo menos, duas figuras dela constituídas entre os séculos XVI e XVIII, figuras que seriam os alicerces das compreensões atuais sobre a condição infantil. Como parte da análise dessas duas figuras da infância (denominadas "infância clássica" e "infância liberal"), são estudadas as formas como aparecem, nos discursos naturalistas e liberais, as noções de liberdade, interesse, desenvolvimento, disposições naturais, regulação, governo, instrução, educação e formação, as quais passaram a integrar as análises e as práticas educativas. Fazendo-se uso dos desenvolvimentos de Michel Foucault, nos seus cursos ministrados no Collège de France entre 1978 e 1979, a constituição da figura infantil moderna no discurso pedagógico entre os séculos XVIII e XX é lida a partir da"grade" da governamentalidade liberal, isto é, como parte dos discursos e práticas constituídos em função do governo da população.