Análise da Associação entre Vegetarianismo e aterosclerose subclínica em população adulta no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Everton Padilha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-01072019-152940/
Resumo: Introdução: Vários trabalhos prévios demonstraram o efeito protetor da dieta vegetariana na prevalência de DCV (doenças cardiovasculares). Entretanto ainda restam questionamentos sobre a reprodutibilidade desses estudos em grupos populacionais de países em desenvolvimento e de outros que relacionem diretamente dieta neste grupo com o uso de escore de cálcio coronário. Objetivos: 1) Analisar a relação entre dieta vegetariana e aterosclerose subclínica em uma população etnicamente diversa. 2) Observar a relação entre dieta vegetariana e o escore de cálcio coronário 3) Analisar outros fatores clínicos, laboratoriais, e de imagem na prevalência de aterosclerose subclínica. Métodos: Participantes foram incluídos consecutivamente entre março de 2013 e agosto de 2016, no Hospital Universitário da USP, adventistas do sétimo dia, entre 35 e 74 anos, residentes no estado de São Paulo. Realizada entrevista clínica, exames laboratoriais, determinação de variáveis nutricionais e exames de imagem e cardiológicos como escore de cálcio coronário, medida da íntima de carótida e bordo hepático e velocidade de onda de pulso. O padrão dietético foi avaliado através de questionário de frequência alimentar (QFA) validado para a dieta brasileira, com base em medidas e períodos padronizados. Resultados: Os 1404 participantes incluídos foram divididos em 3 grupos: 548 onívoros, 617 ovo-lacto-vegetarianos e 239 vegetarianos estritos. Não houve diferenças nos grupos em relação à idade, raça ou sexo. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos onívoro, ovo-lactovegetariano, e vegetariano estrito favoráveis ao vegetarianismo em suas formas para várias medidas antropométricas (peso, índice de massa corporal, frequência cardíaca em repouso, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, percentual de gordura abdominal e circunferência abdominal), índice de gordura abdominal e membros, e à bioimpedância. Houveram diferenças significativas entre os grupos para fatores laboratoriais associados a aterosclerose subclínica (hemoglobina glicada, sódio urinário de 12h, cálcio urinário de 12h, creatinina sérica, alanina transaminase, gama GT, ácido úrico, colesterol total, LDL colesterol, não HDL colesterol, triglicérides, glicemia de jejum e após 2h de carga glicêmica, insulinemia de jejum e 2h após carga glicêmica, proteína C reativa ultrassensível, fósforo urinário e dosagem de 25-OH-Vitamina D). Dos exames complementares, foram observadas diferenças favoráveis aos grupos vegetarianos na ultrassonografia para espessura de íntima de carótidas, e do bordo hepático, Velocidade de Onda de Pulso (PWV) e Escore de Cálcio Coronário (CAC). Conclusão: No grupo estudado observou-se que a dieta vegetariana, dentro de suas variantes (vegetariana estrita e ovo-lacto-vegetariana) conferiram um menor risco cardiovascular associado a marcadores de aterosclerose subclínica dentro de uma população adulta na faixa de 35-74 anos residentes no estado de São Paulo