Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Carolina Vieira de Mello Barros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-03112014-112316/
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Resumo: |
Introdução - Os efeitos na saúde de dietas vegetarianas (DV) apontam principalmente para a diminuição do risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), uma vez que modula positivamente parâmetros bioquímicos, particularmente aqueles relacionados ao controle da glicemia e lipemia, além de ser uma medida para o controle de peso. Estudos recentes em adultos demonstram que a dieta possa também modular parâmetros moleculares. Nesse cenário, atenta-se para o papel do Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo (BDNF) o qual parece estar relacionado com a DV em relação à redução de triglicerídeos e colesterol e aumento da sensibilidade à insulina. Objetivo - Avaliar adultos que adotaram uma DV, em relação ao estado nutricional, aos parâmetros bioquímicos e moleculares comparados aos adultos com dieta onívora. Métodos - A população avaliada foi constituída por 96 indivíduos, 56 vegetarianos e 40 onívoros, adultos e de ambos os sexos, em um estudo do tipo transversal. Para o levantamento dos dados sociodemográficos e de estilo de vida foi aplicado questionário e aferidas às medidas de peso corporal (PC) e altura, para posterior cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC) e circunferência de cintura (CC). Foi realizada também coleta de sangue para estudos bioquímicos e expressão de BDNF plasmático. Os índices de Castelli 1 e 2 (razões lipídicas) são indicadores de risco cardiovascular (RCV) com maior valor preditivo do que parâmetros isolados, por isso, também foram calculados. A resistência à insulina (IR) foi avaliada pelo índice HOMA_IR. As análises foram conduzidas pelo software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 20.0 e para todas foi considerado um nível de significância de 5 por cento .Foi realizada análise de regressão logística para identificar se a DV e outros fatores podem prever a redução da chance de ter RCV, determinado pelos índices de Castelli 1 e 2.Resultados Em relação às variáveis de estilo de vida, os VEG têm uma tendência a praticar mais atividade física (64,3 por cento vs 42,5 por cento , p = 0,056) e ingerir suplementos alimentares (48,1 por cento vs 20,5 por cento , p = 0,012), embora o número de fumantes se apresente semelhante em ambos os grupos. Não houve diferença estatisticamente significante para as variáveis: idade, sexo, prática de fumar, triglicerídeos (TG), Colesterol Total (CT) e lipoproteína de baixa densidade (LDL- c) entre os dois grupos. Já os valores dos índices de Castelli 1 (3,23 ± 0,84 vs 3,90 ± 0,99, p =0,001)e 2 (1,91 ± 0,69 vs 2,42 ± 0,79, p = 0,001) foram menores em vegetarianos (VEG) do que em onívoros (ONV). O grupo VEG tinha significativamente menor PC (63,9 ± 10,4 vs 69,4 ± 14,6 kg, p = 0,032); IMC (22,5 ± 2,6 vs 25,0 ± 3,9 kg/m2, p = 0,001); CC( 81,8 ± 8,2 vs 87,8 ± 10,9 cm, p = 0,003 ) e maior lipoproteína de alta densidade (HDL-c) (54,88 ± 14,44 vs 47,30 ± 12,27 mg / dl , p = 0,008) . Os VEG também apresentaram menor HOMA-IR (1,17 ± 0,70 vs 1,48 ± 0,8, p = 0,02) em comparação com ONV. Quanto a variável BDNF, não houve diferença entre os grupos VEG e ONV (662,8 + 276,5pg/ml vs 698,1 + 314,9 pg/ml, p=0,563). Conclusão - Sugere-se, portanto, que a DV pode ter efeitos protetores na saúde cardiovascular e no metabolismo desses indivíduos. |