Comparação de padrões de dieta vegetariana versus onívora sobre o efeito de ativação da via NRF2 em células endoteliais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cinegaglia, Naiara da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183603
Resumo: Evidências apontam que a dieta vegetariana diminui a probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares (DCVs). Um dos principais mecanismos que levam às doenças cardiovasculares é a disfunção do endotélio, associada com a diminuição da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO) e a produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (ROS). Do ponto de vista de biomarcadores de estresse oxidativo/antioxidante e de envelhecimento biológico, enzimas com propriedades antioxidantes e o comprimento do telômero podem apresentar efeitos na modulação do sistema vascular. O presente estudo inclui dois manuscritos, sendo o primeiro relacionado a via de regulação NRF2/HO-1 e o segundo ao comprimento dos telômero em onívoros (ONI) e vegetarianos (VEG). No primeiro manuscrito, o objetivo foi verificar a concentração de HO-1 circulante, bem como investigar o efeito da incubação do plasma de ONI e VEG em células endoteliais sob a modulação da via NRF2/HO-1 e a produção de NO. Dos 745 indivíduos inicialmente recrutados, 44 ONI e 44 VEG do sexo masculino aparentemente saudáveis foram incluídos no estudo. A concentração de HO-1 circulante foi mensurado usando o ensaio de ELISA. As células endoteliais foram incubadas com amostras de plasma de ONI e VEG. Nós observamos que a concentração de HO-1 circulante foi maior nos ONI em relação aos VEG. A incubação das células endoteliais com o plasma de ONI induziu o aumento da expressão gênica/proteica do NRF2 e HO-1, bem como a atividade do ARE e a produção de NO, quando comparado com o grupo VEG. Estes achados indicam que a produção de HO-1 circulante nos ONI pode estar relacionada a um maior status pro-oxidativo. A ativação da via HO-1/NRF2 e a produção de NO em cultura de células endoteliais incubadas com o plasma de ONI, parece refletir um mecanismo adaptativo de proteção destas células contra possíveis danos. No segundo manuscrito, nosso objetivo foi avaliar o comprimento do telômero em leucócitos (LTL, do inglês leukocyte telomere length) nos ONI e VEG e sua associação com biomarcadores clássicos de risco cardiovascular. O LTL foi mensurado em 39 amostras de ONI e 41 de VEG através da reação em cadeia da polimerase (PCR) quantitativa em tempo real (RT-QPCR). Apesar de não haver diferença no comprimento do telômero entre ONI e VEG, uma forte correlação negativa entre LTL e a espessura intima-média da carótida (IMT, do inglês intima-media thickness) foi observada nos ONI, mas não no grupo VEG. Além disso, os ONI que foram classificados com o LTL curto apresentaram maior IMT comparado com VEG. Nossos achados sugerem que o comprimento do telomero pode ser utilizado como um marcador de aterosclerose subclinico no grupo de onívoros.