Heterogeneidade hidráulica de uma terra roxa estruturada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Moraes, Sérgio Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-092723/
Resumo: Para estudar a variabilidade tanto metodológica quanto espacial da retenção de água pelo solo, estabeleceram-se as seguintes hipóteses: 1a. há que se modificar o procedimento operacional corrente do funil de Haines e câmaras de pressão de Richards para obtenção da curva característica, contemplando os vários tipos de problema que ocorrem desde a coleta da amostra até a elaboração final da curva, 2a. o solo utilizado, pode apresentar variabilidade, que independentemente da metodologia utilizada, desde que uniforme durante as análises, deverá manifestar-se pela análise estatística e interpretação física dos fenômenos. Para confirmar/refutar as hipóteses acima, coletaram-se amostras indeformadas à profundidade de 25cm em uma área de Terra Roxa Estruturada Latossólica, obedecendo a um arranjo com espaçamento regular de cinco metros, resultando numa malha quadriculada de vinte e cinco linhas e dez colunas, totalizando duzentos e cinquenta pontos. Elaboraram-se 250 Curvas de Retenção por secamento, utilizando-se as tensões 5, 10, 60 e 100 cca (Funil de Placa Porosa) e 306, 816, 3060 e 15300 cca (Câmara de Pressão de Richards), totalizando oito pontos por curva. A primeira hpótese foi confirmada pela interpretação física dos dados obtidos, ora considerando-se os valores médios de umidade à cada tensão, ora valores de cada curva individualmente, mostrando então os problemas metodológicos envolvidos e que foram discutidos principalmente à luz da termodinâmica pertinente. A segunda hipótese foi confirmada pela utilização dos parâmetros estatísticos: média, valores máximo e mínimo, desvio padrão, limite de classes, coeficiente de variação, assimetria, curtose, limite de confiança e distribuição de frequências. A interligação entre as duas hipóteses foi concretizada na medida em que o descarte de valores discrepantes (discutidos à partir da primeira hipótese), reduzindo o número de curvas obtidas, levou por sua vez á uma diminuição dos coeficientes de variação correspondentes á cada potencial mátrico considerado, ou seja, a discussão do problema metodológico decidiu sobre amostras problema não tendo que se lançar mão de testes estatísticos para fazê-lo. Finalmente, para “tirar partido” da variabilidade espacial do solo encontrada, discutiu-se o conceito de água disponível para vários valores de capacidade de campo, mostrando-se tanto a variabilidade metodológica quanto a do solo podem tornar sem sentido a discussão sobre valores a serem assumidos para a capacidade de campo e o ponto de murchamento permanente, evidenciando portanto a necessidade de mais cuidados na elaboração das curvas de retenção, a fim de que pelo menos esta variabilidade seja reduzida.