Movimento da atrazina, do cloreto e do potássio numa terra roxa estruturada eutrófica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Souza, Manoel Dornelas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20191220-130750/
Resumo: O trabalho teve como objetivo estudar o movimento da atrazina, do cloreto e do potássio em Terra Roxa Estruturada eutrófica (Typic Tropudalfs) em função do deslocamento de água no perfil e do tempo de aplicação. O experimento foi instalado em duas parcelas de 7m x 7m, separadas uma da outra por 5m. Em cada parcela colocaram-se: nove tubos de alumínio com comprimento de 2m e diâmetro interno de 3,95cm para medições do teor de água no solo com sonda de nêutrons nas profundidades de 20cm, 50cm, 100cm e 150cm; nove baterias de tensiômetros, cada uma composta por seis tensiômetros nas profundidades de 35cm, 65cm, 85cm, 115cm, 135cm e 165cm; e nove baterias de extratores de solução do solo, cada uma composta por quatro extratores nas profundidades de 20cm, 50cm, 100cm e 150cm. Na parcela 1 aplicaram-se 1.000kg de calcário/ha e 500kg de gesso/ha para elevar a percentagem de saturação de bases para 88%. Foram determinadas a condutividade hidráulica do solo saturado pelo método dos anéis e a do solo não saturado pelo método de Libardi et alii (1980). A atrazina foi aplicada na dosagem de 12 l/ha (6kg do princípio ativo/ha) e o cloreto de potássio na dose de 204 kg/ha. Durante o período de coleta procurou-se manter o teor de água do solo acima da capacidade de campo, com aplicação de água via irrigação. Houve intensa lixiviação da atrazina em todo o perfil do solo da parcela 1, atingindo a profundidade de 150cm sete dias após a aplicação; na parcela 2 houve perdas maiores do que na parcela 1. Também ocorreu lixiviação acentuada de potássio e cloreto nas duas parcelas. Após cinco dias da aplicação (primeira coleta) foram encontrados potássio e cloreto a 150cm de profundidade em concentrações maiores que na testemunha. Os resultados permitiram concluir que a aplicação de atrazina em Terra Roxa Estruturada com teor de água e pH elevados pode levar a perdas significativas do herbicida, atingindo regiões fora do alcance das raízes, com consequente risco de contaminação do lençol freático.