Avaliação dos efeitos do extrato etanólico, resíduo butanólico e resíduo aquoso de Pfaffia paniculata sobre o crescimento do tumor de Ehrlich em suas formas ascítica e sólida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Matsuzaki, Patricia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-25092006-155957/
Resumo: As raízes de Pfaffia paniculata têm sido popularmente utilizadas com vários propósitos, assim como adjuvante na terapia contra o câncer. Recentemente demonstramos que as raízes pulverizadas de Pfaffia paniculata causam uma atenuação do crescimento do tumor de Ehrlich em sua forma ascítica. Os objetivos do presente estudo foram caracterizar os efeitos do extrato etanólico, resíduos aquoso ou butanólico de Pfaffia paniculata sobre o desenvolvimento do tumor de Ehrlich, assim como investigar seus possíveis mecanismos. Em um primeiro experimento, foi demonstrado que camundongos machos Swiss, portadores do tumor de Ehrlich ascítico, tratados com resíduo aquoso ou butanólico, apresentaram uma maior sobrevida em relação aos animais controle. Nos experimentos com o tumor na forma sólida ou ascítica, os animais receberam, diariamente, o resíduo butanólico por 16 dias (experimento com o tumor sólido) ou 15 dias (experimento com o tumor ascítico). No 8º dia de tratamento, foram inoculados com 2,5 x 106 células tumorais, no coxim plantar esquerdo, ou com 5,0 x 106 células tumorais, Intraperitonealmente. O tumor ascítico foi avaliado, 7 dias após a inoculação do tumor, pela quantificação do volume de fluído ascítico, concentração de células tumorais e número total de células tumorais. O tumor sólido foi avaliado pela mensuração diária das patas e pela morfometria da área de necrose em meio à massa tumoral em cortes corados por HE, e proliferação celular, por imunoistoquímica, 8 dias após a inoculação do tumor. Nesses experimentos, nenhum destes parâmetros avaliados apresentaram alterações nos camundongos tratados com este resíduo. A fim de se avaliar a toxicidade do resíduo butanólico, os animais foram tratados com este resíduo por 14 dias. Os animais tratados com este resíduo apresentaram uma discreta diminuição de ganho de peso. Não houve evidências de toxicidade hepática e renal, pela mensuração das atividades de enzimas indicativas de necrose e pelo exame histopatológico de figado e rim, onde não se observou necrose. Em outro experimento, alguns parâmetros da atividade macrofágica, 24 após a inoculação do tumor, foram avaliados, por citometria de fluxo. Os animais receberam o resíduo butanólico por 7 dias, e foram inoculados com 5 x 106 células tumorais, intraperitonealmente. O burst oxidativo ativado por Staphylococcus aureus foi menor em animais tratados com o resíduo, porém não foram observadas diferenças ma fagocitose e burst oxidativo espontâneo ou ativado por PMA. Por fim, estudos in vitro foram realizados. Os efeitos deste resíduo sobre a viabilidade, medido pelo ensaio do MTT, e sobre o ciclo celular, utilizando citometria de fluxo, de células do tumor de Ehrlich foram avaliados. As maiores concentrações do resíduo levaram a uma diminuição da viabilidade e um aumento de morte celular. Assim, o tratamento com este resíduo, in vivo, causou uma atenuação do desenvolvimento tumoral, provavelmente devido a uma diminuição na formação do fluído ascítico ou a morte celular. Os efeitos deste resíduo foram mais pronunciados em cultura celular.