Relação da lipemia pós prandial com aterosclerose avaliada pela angiotomografia coronária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Staniak, Henrique Lane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-04042014-095144/
Resumo: Introdução: Estudos têm demonstrado a associação de doença arterial coronária (DAC) grave com triglicérides (TG) pós prandial. No entanto, a relação entre a aterosclerose leve a moderada e TG pós prandial não está bem estabelecida. No presente estudo avaliamos a relação entre TG pós prandial e DAC detectada por angiografia coronária por tomografia computadorizada (TC cor). Material e Métodos: Foram incluídos 130 pacientes (85 com DAC detectado pelo TC cor coronária e 45 sem DAC), submetidos a um teste de tolerância oral de gordura. Estudamos a lipemia pós prandial medindo TG de T0h para T6H com intervalos de duas horas, e analisamos a mudança TG ao longo do tempo através de um modelo linear misto multivariável longitudinal, utilizando como desfecho primário o log normal do TG. Resultados: Os pacientes com DAC eram mais velhos (56,5 ± 6,8 vs. 50,4 ± 7,1 anos, p < 0,001), predominantemente do sexo masculino (68,2% vs. 37,8%, p < 0,001) e com HDL-colesterol (HDL-C) menor (49 ± 14 vs. 54 ± 12 mg / dl, p = 0,015). A maioria dos indivíduos com DAC tinha aterosclerose leve com doença não obstrutiva (63,5%). Pacientes com DAC tiveram uma depuração mais lenta TG pós prandial de 4h a 6h (p < 0,05) em comparação com pacientes sem DAC. Estes resultados permanecerem significativos mesmo após ajuste para o TG de jejum, idade, sexo, índice de massa corporal e glicemia de jejum. No entanto, essas diferenças não foram significativas após o ajuste para o HDL-C de jejum. Conclusão: Os pacientes com DAC leve e moderada detectados pelo TC cor demonstraram alteração do metabolismo de TG pós prandial, com remoção mais lenta de TG, especialmente entre 4h e 6h quando comparados a indivíduos sem DAC. Esta diferença foi explicada em parte pelo menor HDL-C de jejum no grupo com DAC. Assim, embora TG pós prandial possa contribuir para o desenvolvimento de DAC, esta associação é parcialmente relacionada com a menor concentração de HDL-C em indivíduos com DAC