O uso do escore de cálcio, ultrassom de carótidas e teste ergométrico no rastreamento da doença arterial coronária em portadores de diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rassi, Carlos Henrique Reis Esselin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-04092019-092648/
Resumo: Introdução: nos últimos anos, foi observado um aumento significativo da incidência do diabetes e, consequentemente, o aumento de sua prevalência. As doenças cardiovasculares, sobretudo o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC), são as principais responsáveis pela mortalidade nesses pacientes, sendo, muitas vezes, a primeira manifestação da doença. A ruptura da placa aterosclerótica coronariana é o mecanismo fisiopatológico de dois em cada três casos de IAM, e as características dessas placas já foram objeto de diversos estudos no campo da angiotomografia computadorizada das artérias coronárias (CCTA). Objetivo: avaliar a frequência de doença arterial coronariana e as principais características clínicas, laboratoriais, funcionais e anatômicas dos exames complementares em diabéticos tipo 2 (DM2) sem queixas cardiovasculares. Métodos: foram incluídos 98 pacientes diabéticos do tipo 2, avaliados entre junho de 2011 a janeiro de 2013, com idades entre 40 e 65 anos, cuja duração do diabetes tenha sido inferior a 10 anos, para serem submetidos às avaliações clínica e laboratorial, ao teste ergométrico, à ultrassonografia (USG) com Doppler de carótidas e vertebrais e à CCTA. Resultados: dos 98 pacientes, 44% (n = 43) apresentaram doença arterial coronária (DAC) na CCTA e 38 (39%), escore de cálcio coronário (CAC) maior do que zero. Além disso, 16 indivíduos apresentaram doença arterial coronariana significativa (obstrução luminal maior do que 50%), incluindo três com escore de cálcio coronário igual a zero. Pacientes com placas ateroscleróticas nas artérias coronárias apresentaram uma incidência maior de placas ateroscleróticas nas carótidas (58% x 38%, p = 0,01). Dos 55 pacientes com CCTA normal, 18 tinham placas nas carótidas. Dos 98 pacientes do estudo, oito pacientes tiveram o teste ergométrico positivo para isquemia miocárdica, e desses, cinco tinham estenose maior que 50%, dois tinham estenose menor que 50% e um não tinha aterosclerose coronariana. Conclusão: o paciente diabético sem sintomas cardiovasculares apresenta uma elevada frequência de doença arterial coronariana. O escore de cálcio coronário é, entre os testes estudados e em comparação com a CCTA, aquele que possui a maior sensibilidade e especificidade para predizer a DAC