Mortalidade associada com o número de artérias comprometidas e estratégias de tratamento em pacientes com doença arterial coronariana: estudo de longo prazo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Guilherme Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-20102023-134101/
Resumo: Introdução: Acredita-se que o número de artérias coronárias com lesões ateroscleróticas obstrutivas aumente o risco associado à doença arterial coronariana, levando a uma maior incidência de eventos cardíacos. No entanto, faltam dados conclusivos sobre a relação entre a extensão da aterosclerose coronariana e os desfechos clínicos. Métodos: trata-se de uma coorte retrospectiva, observacional, unicêntrica a qual incluiu pacientes com doença arterial coronariana estável e função ventricular esquerda preservada que eram elegíveis para qualquer uma das estratégias terapêuticas (tratamento clínico, percutâneo ou cirúrgico), incluídos no Registro MASS. Os pacientes foram estratificados de acordo com o número de artérias com lesões obstrutivas e, posteriormente, de acordo com a estratégia de tratamento inicialmente adotada. O desfecho primário foi mortalidade por qualquer causa. Os desfechos secundários incluíram um desfecho composto de morte por qualquer causa, infarto do miocárdio não fatal e necessidade de reintervenção coronariana, bem como os componentes individuais do desfecho composto. Resultados: Entre maio de 1988 e janeiro de 2018, 2.000 pacientes foram incluídos no banco de dados MASS. Desses, 1.855 pacientes foram incluídos nesta análise e acompanhados por 5 anos. Entre eles, 224 (12%) tinham doença uniarterial (SVD), 536 (29%) tinham doença biarterial (2VD) e 1.095 (59%) tinham doença triarterial (3VD). A mortalidade por qualquer causa para SVD, 2VD e 3VD foi de 14 (6,3%), 57 (10,6%) e 115 (10,5%), respectivamente (p = 0,054). Não houve diferença estatisticamente significante entre os desfechos secundários (p = 0,2). Resultados semelhantes foram encontrados após estratificação adicional de acordo com a estratégia de tratamento inicial. Conclusão: Não houve associação entre a maior gravidade angiográfica da doença coronariana e a mortalidade entre pacientes com uma, duas ou três artérias coronárias epicárdicas com lesões obstrutivas