Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Souza Filho, José Osvaldo Xavier de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-20072015-115904/
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Resumo: |
Este trabalho discute a relação entre escola e emancipação, mais especificamente, o papel da dúvida e do questionamento no ensino de ciências e a emancipação de sujeitos. Para tanto, analisa e explicita o currículo e o trabalho de experiências escolares de resistência (SINGER, 2010) na área de ciências da natureza. Estas escolas trabalham com abordagens democráticas em suas rotinas. Analisou-se, principalmente: EMEF Desembargador Amorim Lima e Escola Politeia, no Brasil e Escola da Ponte, em Portugal. Utilizar-se-á a abordagem de pesquisa-ação, mais coerente com a proposta deste trabalho e das escolas, inserido em relação dialética nos espaços educacionais nos quais se atuará, flexibilizando a neutralidade analítica, planejando e avaliando constantemente, sem cisões claras entre investigação e atuação. Investigar questões curriculares em escolas deste tipo pode revelar importantes referências para o ensino em geral, particularmente, o de ciências, como a forma pela qual o conhecimento é construído pelos(as) estudantes em um currículo de arquitetura aberta, onde o conteúdo, muitas vezes, parte do próprio interesse deles(as). Realizou-se observações sistemáticas das rotinas escolares, além de conversas formais e informais com estudantes, professores(as) e coordenadoras, participando das atividades escolares como forma de intervenção. Analisar-se-á os currículos oficiais aos quais essas escolas estão submetidas e os documentos escolares, para perceber as relações entre os conceitos e procedimentos propostos pelos documentos e as formas de trabalho de cada escola. O termo resistência tratado aqui aparece em sentido amplo, como movimento que enfrenta os modelos tradicionais de educação. Segundo Foucault (1979), o poder e a resistência se dão nas relações sociais. Onde existe uma relação de poder, existe também uma resistência. Assim, esta ideia de resistência relaciona-se ao poder criado na relação escola-sociedade. A partir desta resistência, estas escolas apresentam mecanismos usados para promover: (i) autonomia dos(a) estudantes frente ao conhecimento e sua construção; (ii) postura cidadã, política e crítica dos(as) estudantes frente à sociedade; (iii) liberdade com responsabilidade e (iv) tempos individuais de aprendizado. O eixo orientador deste trabalho é o questionamento em ciências naturais, ou seja, o exercício da dúvida. Como estas escolas trabalham a dúvida? Como o questionamento pode ser produtor de conhecimento? Este ato de questionamento pode ser emancipatório? |