Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Euzébios Filho, Antonio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15669
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Resumo: |
Este trabalho buscou analisar aspectos da consciência de classe de beneficiários e cadastrados em programas de transferência de renda. Esta pesquisa foi desenvolvida em uma região de Campinas, marcada pela desigualdade social. Nesse cenário, tomamos contato com as participantes, por meio de um projeto de extensão universitária, que desenvolve atividades em instituições públicas. Nossa pesquisa adotou uma metodologia qualitativa, construtivo-interpretativa, com base no materialismo histórico e dialético. Foram realizadas entrevistas com oito mulheres entre 22 e 58 anos, sendo uma beneficiária do Renda Cidadã, duas cadastradas no Bolsa Família e cinco que recebem este último benefício. Pela interpretação das entrevistas, pudemos constatar que o sentimento de indignação está presente na consciência das participantes. É consenso que a vida não está fácil e que é preciso melhorá-la. Mas o grande desafio é transformar as ideias em ação. Para alcançarem melhores condições de vida - um emprego, uma casa, um salário melhor - as participantes tendem a priorizar a ação individual à ação coletiva. Envolveram-se em movimentos políticos, movidas pela afetividade. Em alguns momentos, as participantes são protagonistas, propõem e realizam ações políticas em suas comunidades. Em outros momentos aguardam, passivamente, o Estado garantir seus direitos. Esse movimento contraditório, entre o fatalismo e a reivindicação, é reforçado por uma confusão ideológica entre o que é considerado direito e favor. Assim, as participantes veem seus direitos serem retirados pelo Estado, mas entendem os benefícios como uma ajuda do governo. |