Educação e emancipação em Adorno: contribuições para a formação de professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zambel, Luciana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150644
Resumo: Para Adorno a educação é emancipatória quando é capaz de proporcionar aos indivíduos uma reflexão crítica sobre a sociedade em que vivem. Nesse sentido, em “Teoria da Semicultura”, de 1959, ao retomar alguns diagnósticos desenvolvidos juntamente com Horkheimer na “Dialética do Esclarecimento”, de 1947, observa que a sociedade contemporânea orientada pelo espírito dominante burguês do século XVIII acabou por obscurecer o sentido crítico presente no próprio conceito de esclarecimento, a exemplo da autonomia e da liberdade. A vigência da dimensão objetiva, adaptativa, segundo Adorno, obscureceu a realização da dimensão subjetiva ou crítica, do conceito, cujo resultado foi a ascensão de um indivíduo submisso, semiculto e incapaz de conduzir o seu destino. Assim destaca Adorno na “Teoria da Semicultura” que diante desse cenário faz-se necessário retomar o conceito de formação a partir do seu duplo caráter, isto é, tanto em sua dimensão objetiva quanto na subjetiva. Para ele, apegar a este e negar àquele significaria obscurecer o conceito de formação. Entende, nesse sentido, que é na tensão dialética entre os dois polos que é possível falar em educação emancipatória. Com efeito, como veremos ao longo dessa dissertação, para que tal questão seja possível torna-se necessário pensar a educação enquanto reflexão crítica, isto é, na condição daquela que possibilita ao indivíduo conduzir-se no mundo de modo consciente. Portanto, a educação enquanto emancipação em Adorno tem um caráter reflexivo crítico por isso suas imensas contribuições a formação de professores, na medida em que lhes possibilitaria uma análise crítica tanto da dimensão objetiva da atividade pedagógica quanto a sua dimensão subjetiva, permitindo-lhes assim uma reavaliação contínua da própria formação docente diante dos desafios do mundo atual.