Identificação de desigualdades territoriais em saúde nas regiões de saúde do estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mattos, Augustus Tadeu Relo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-29032017-152946/
Resumo: O presente estudo esta inserido na temática das Desigualdades em Saúde, tendo como objetivo a identificação de desigualdades territoriais em saúde nas 63 regiões de saúde do estado de São Paulo, a partir de indicadores de saúde selecionados segundo a visão dos Articuladores da Atenção Básica que atuam nessas regiões. Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quali/quantitativa, que utilizou Grupos Focais para seleção dos indicadores com maior capacidade em identificar desigualdades em saúde num rol de 67 indicadores do Contrato Organizativo da Ação Pública (COAP). A partir de um grupo de dez indicadores escolhidos foram analisadas as tendências da série histórica do período entre 2010 e 2015. Diferenças importantes entre as regiões foram identificadas pelo desempenho desses indicadores e quando interpretadas em relação à estratificação dos municípios estabelecida pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), com base em critérios sociais, econômicos e demográficos, algumas dessas regiões apresentaram distribuição semelhante àquelas encontradas no PMAQ. O recorte adotado no estudo voltou-se aos indicadores de saúde escolhidos a partir de uma metodologia específica, acreditando em sua capacidade de revelar desigualdades territoriais na saúde, muitas delas iníquas, nos âmbitos estadual e regional, podendo mobilizar profissionais envolvidos na implementação de ações em direção à diminuição das iniquidades na saúde. Os resultados mostraram desigualdades regionais importantes para os indicadores envolvidos no estudo, em especial para a maioria dos indicadores de saúde de algumas regiões do sul e oeste do estado. Dessa forma, acredita-se que o acompanhamento desses indicadores por meio de uma abordagem espaço temporal poderá fornecer subsídios para o planejamento de ações programáticas previstas nas políticas públicas de saúde, levando em consideração as características locoregionais na construção e implementação de medidas que atendam necessidades distintas nos distintos territórios.