Desigualdades regionais e sistema de saúde no Amazonas: o caso de Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Barbosa, Maria Artemisa
Orientador(a): Labra, Maria Eliana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4685
Resumo: Este trabalho constitui-se num esforço de sistematização ao juntar, de forma coerente, aspectos relativos à Amazônia Legal, à região Norte e o estado do Amazonas, visando colocar em evidência as riquezas regionais frente às precárias condições de vida e de saúde da população amazonense. Esse fenômeno torna-se particularmente importante no estado do Amazonas, em cujo vasto território de mais de 1,5 milhões de km² residem 2,8 milhões de habitantes, dos quais 50% se concentram em Manaus. Por sua vez, a capital, além de ser pólo de atração de mão-de-obra, detém praticamente toda a rede de serviços públicos e privados de saúde e educação, à par que representa uma cobertura extremamente baixa da rede de saneamento básico e grande deficiência de equipamentos sociais em geral, apesar de possuir bons índices econômicos, resultantes da participação decisiva da Zona Fanca de Manaus. Essas situações, contraditórias e complexas, provocam desigualdades estruturais que influenciam em maior ou menor grau a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado do Amazonas ao constituírem problemas e dificuldades que representam enormes desafios para a gestão estadual e municipal. A partir das variáveis e indicadores selecionados para as dimensões adotadas, quais sejam: demográfica, social, epidemiológica, assistencial e financeira, observou-se que, apesar dos cinco anos passados da habilitação do município de Manaus, ainda persistem os problemas de oferta e cobertura dos serviços de saúde, falta de integração entre estes serviços, incipiente subordinação à gestão municipal por parte dos prestadores, além das dificuldades em relação à administração de recursos humanos e a permanência de dependência financeira das transferências oriundas com recursos do SUS.