Busca de reações adversas a medicamentos em pacientes internados em Clínica Médica usando rastreadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Salazar, Diana Carolina Cortes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-10012017-095145/
Resumo: Introdução: As reações adversas a medicamentos (RAM) seguem constituindo um problema importante dentro do âmbito hospitalar. Na clínica médica, as reações adversas apresentam-se com alta frequência, pois os pacientes recebem maior número de medicamentos e apresentam maior número de comorbidades. Portanto, são necessárias abordagens que permitam a detecção precoce dos eventos, de maneira que possam ser propostas intervenções que minimizem o dano ao paciente. A busca ativa de rastreadores, sendo estes, resultados alterados de exames laboratoriais, administração de medicamentos específicos e certos acontecimentos, tem se mostrado aplicável e efetiva para o monitoramento das reações adversas a medicamentos. Objetivo: Identificar reações adversas a medicamentos na enfermaria da Clínica Médica de um hospital de nível secundário a partir de rastreadores. Métodos: Desenvolveu-se um estudo de coorte prospectiva na clínica médica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, sendo utilizada uma lista de 34 rastreadores. Pacientes maiores de 15 anos que permaneceram no mínimo 24 horas na enfermaria foram aleatorizados para compor a amostra. Em cada caso, foram coletadas, de forma cronológica, informações relacionadas aos medicamentos administrados, resultados de exames laboratoriais e a evolução médica. Todos os prontuários foram discutidos por profissionais de saúde, sendo avaliada a causalidade e a gravidade. Realizou-se uma análise univariada comparando pacientes com e sem RAM. Adicionalmente estudou-se o desempenho dos rastreadores usados. Resultados: No período de agosto de 2015 até abril de 2016 foram monitorados 116 pacientes. Identificaram-se reações adversas a medicamentos em 37,9 por cento dos pacientes, sendo achadas 47 suspeitas de RAM em cada 1000 paciente-dia. Pacientes que apresentaram RAMs foram internados mais vezes em leitos classificados como alta-dependência, apresentaram maior duração da internação, maior número de medicamentos usados e menor grau de escolaridade. Em relação ao nível de gravidade, a maioria das suspeitas de RAM (49 eventos, 89,1 por cento ) foram classificadas como moderadas e afetaram o sistema gastrointestinal. Foram identificados 429 rastreadores. Os rastreadores que apresentaram melhor desempenho foram menção da hipotensão, diminuição de plaquetas maior que 50 por cento , administração de glicose hipertônica em 25 ou 50 por cento e suspensão abrupta da medicação. Conclusão: A aplicação prospectiva do método de rastreadores a uma coorte aberta de pacientes da clínica médica permitiu a identificação de suspeitas de reações adversas, a caracterização dos pacientes, as suspeitas, os medicamentos envolvidos e o desempenho dos rastreadores.