Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Drews, Ricardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39133/tde-31082017-105143/
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Resumo: |
Nas últimas décadas, um número considerável de pesquisadores tem direcionado seus esforços na compreensão do papel do autocontrole (liberdade de escolha) do aprendiz em relação ao fornecimento de feedback, mais especificamente o conhecimento de resultados (CR), na aquisição de habilidades motoras. Os resultados, em sua grande maioria, têm revelado benefícios comparativamente à aprendizagem em condições de prática externamente controladas (yoked). No entanto, um grande desafio continua a ser a explicação dos mecanismos e processos que estão à retaguarda dos benefícios observados. Nesse contexto, uma variável que merece atenção diz respeito à frequência de CR solicitado pelo aprendiz. Apesar de ter sido, historicamente, objeto de intensas pesquisas em condições externamente controladas, os efeitos das distintas frequências de CR em condições autocontroladas não têm sido levados em consideração pela justificativa de que a possibilidade de escolha, por si só, garante ganhos na aprendizagem motora. Diante desse cenário, o presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos do CR autocontrolado na aprendizagem de uma tarefa de timing coincidente, com enfoque na frequência e no momento de sua solicitação. Para isso, foi inicialmente realizado um experimento para construir um banco de dados a ser explorado posteriormente por meio de perguntas específicas que deram origem a quatro estudos. Participaram 96 adultos de ambos os sexos, sem experiência prévia na tarefa utilizada que consistiu em sincronizar o click de um botão à chegada de um alvo móvel - em desaceleração constante e ocluído na porção final do deslocamento - a um alvo fixo na tela de um computador. Eles realizaram 90 tentativas na fase de aquisição, sendo que os na condição autocontrolada tinham a possibilidade de escolha de CR a cada tentativa e os na condição yoked tiveram seu fornecimento pareado em frequência e momento à condição autocontrolada. Após 24 horas, foram realizados os testes de retenção e transferência (maior tempo de oclusão visual do alvo móvel), com vinte tentativas cada, sem fornecimento de CR. O Estudo 1 teve como objetivo investigar os efeitos de diferentes frequências de CR autocontrolado. Foram analisados grupos autocontrolados (n = 12) com maior (GA Mais; média = 97%), menor (GA Menos; média = 32,5%) e intermediária (GA Intermediário; média = 74%) frequência de solicitações na fase de aquisição. Os resultados revelaram que os grupos com frequências reduzidas foram superiores nos testes de aprendizagem, em comparação ao GA Mais. O Estudo 2 teve como objetivo investigar os efeitos das frequências de CR, numa condição externamente controlada, pareadas a uma condição autocontrolada. Os resultados mostraram que os três grupos yoked com frequências de CR pareadas aos dos participantes do Estudo 1 não diferiram nos testes de aprendizagem. O Estudo 3 comparou as diferentes frequências de solicitação de CR em condição autocontrolada e externamente controlada. A Análise 1, referente aos grupos com maior frequência de CR, revelou superioridade do grupo yoked nos testes de aprendizagem, em comparação ao grupo autocontrolado. A Análise 2, relativa aos grupos com menor frequência de CR, não mostrou diferenças nos testes de aprendizagem. A Análise 3, referente aos grupos intermediários, encontrou superioridade do grupo autocontrolado nos testes de aprendizagem em relação ao seu yoked. O Estudo 4 teve como objetivo investigar o comportamento individual dos participantes numa condição autocontrolada, com foco na magnitude do erro das tentativas solicitadas. Os resultados mostraram que os grupos autocontrolados solicitaram CR após seus melhores e piores desempenhos indiferenciadamente, visto que as estratégias de solicitação indicaram nem sempre estar relacionadas à magnitude do erro. O conjunto dos estudos permite concluir que as escolhas realizadas, e não somente a possibilidade de escolher, parece definir os benefícios do autocontrole de CR na aprendizagem motora |