Estimativa de erro e conhecimento de resultados autocontrolado na aprendizagem motora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marques, Maria Teresa da Silva Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-17052021-194349/
Resumo: A literatura tem sugerido que, ao ser fornecida liberdade para solicitar CR, o aprendiz o faz baseado na avaliação do seu desempenho. Especula-se que a possibilidade de solicitar CR baseada nessa avaliação, levaria ao desenvolvimento de uma referência de correção consistente, resultando em ganhos na aprendizagem. Contudo, essa relação ainda não está clara. É plausível supor que solicitar ao aprendiz a manifestação verbal da sua estimativa de erro possibilitaria acessar a precisão da sua referência de correção, tornando possível investigar se esse seria o fator responsável pelos ganhos observados na condição autocontrolada de CR. Foram realizados dois experimentos, nos quais 60 universitários entre 18-35 anos de idade praticaram uma tarefa de timing coincidente. A tarefa consistiu da sincronização do pressionamento de um botão com a chegada de um objeto a um ponto de contato. Ambos os experimentos foram compostos por baseline, fase de aquisição, teste de retenção imediato e teste de retenção atrasado e teste de transferência. O baseline foi composto por 20 tentativas sem fornecimento de CR e a fase de aquisição consistiu de 100 tentativas, com fornecimento de CR e manifestação verbal da estimativa de erro de acordo com cada grupo experimental. A seguir foram realizados os testes de aprendizagem (retenção e transferência), compostos por 20 tentativas cada e sem fornecimento de CR e com manifestação verbal da estimativa de erro para todos os grupos nos dois experimentos. Especificamente, o teste de retenção imediato foi aplicado 15 minutos após o término da fase de aquisição e 24 horas após a sua finalização foi realizado o teste de retenção atrasado e o teste de transferência. O primeiro experimento investigou se a manifestação verbal da estimativa de erro levaria a ganhos de aprendizagem numa condição autocontrolada de CR. Foram comparados dois grupos experimentais autocontrolados, denominado Auto-com (n = 20) e Auto-sem (n = 20). Na fase de aquisição, somente para os participantes do grupo Auto-com foi requisitada a verbalização da estimativa de erro, em todas as tentativas antes da tomada de decisão sobre a solicitação de CR. Os resultados indicaram que a manifestação verbal da estimativa de erro não levou a ganhos de aprendizagem. O segundo experimento teve como objetivo investigar o efeito da precisão da estimativa de erro na aprendizagem motora autocontrolada de CR. Para isso, os participantes do grupo Auto-com foram pareados, em relação ao momento e frequência de solicitação de CR, com um grupo yoked (n =20) que realizou a manifestação verbal da estimativa de erro em todas as tentativas antes do recebimento do CR. Os resultados revelaram superioridade do grupo autocontrolado em comparação ao grupo yoked no teste de transferência, como consequência de uma maior precisão da estimativa de erro. Em conjunto, os resultados evidenciaram que os ganhos observados na condição autocontrolada de CR estão, possivelmente, atrelados a precisão da estimativa de erro e, consequentemente, ao desenvolvimento de uma referência de correção consistente