Caracterização genética e perfil de sensibilidade antimicrobiana de cepas multirresistentes de Acinetobacter baumannii presentes em um hospital de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tavares, Laís Calissi Brisolla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-15052018-122745/
Resumo: As espécies do Complexo Acinetobacter calcoaceticus-A. baumannii (ACB) são importantes causadoras de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em todo o mundo. Detêm maior relevância os isolados com resistência aos antimicrobianos, os quais impactam negativamente no prognóstico, na mortalidade e custos associados ao cuidado com o paciente. O objetivo deste estudo foi avaliar a diversidade genética e o perfil de susceptibilidade antimicrobiana de 134 isolados multirresistentes de A. baumannii presentes no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, entre 2007 e 2014. A identificação de A. baumannii deu-se pela pesquisa dos genes blaOXA-51-like e gltA, detectados em 85% (n=114) dos isolados Os isolados de Acinetobacter não-baumannii foram identificados por sequenciamento gênico como A. nosocomialis (n=4; 3,1%), A. pittii, A. bereziniae (n=2; 1,7%, cada), A. ursingii, A. variabilis, A. gyllenbergii (n=1; 0,9% cada) e Acinetobacter spp (n=2; 1,7%). Os isolados de A. baumannii foram submetidos às técnicas de PCR multiplex para detecção de outras oxacilinases, pesquisa de ISAba1, teste de susceptibilidade antimicrobiana, tipagem molecular por eletroforese em campo pulsado (PFGE), por sequência trilocus (3LST) e por sequência multilocus (MLST). Detectou-se o gene blaOXA-23-like em 105 isolados (92,1%), estando 100% associados a ISAba1; blaOXA-72 em um isolado (0,9%) e blaOXA-231 em dois isolados (1,7%). A maior parte (n=66; 57,9%) dos isolados foi classificada como extensivamente resistentes (XDR). O PFGE agrupou os isolados em 11 clusters (A-K) e o MLST identificou os isolados pertencentes majoritariamente aos clones CC79 (42,4%), CC1 (16,6%), CC15 (12,1%) e ao ST317 (18,2%). Os resultados do MLST e 3LST concordaram em 95,6%. Foi verificada a ocorrência de diferentes perfis de PFGE em A. baumannii MDR e XDR, predominando cepas carreadoras de ISAba1/OXA-23-like e pertencentes aos CC1, CC15, CC79, ST317. Predominaram o ST317 nos anos iniciais e o CC79 (ST730) de 2011 a 2014. Estes resultados fornecem subsídios que ressaltam a necessidade de monitoramento e controle de patógenos multirresistentes