Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barcellos, Thays Almeida Franco de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-23092021-125854/
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Resumo: |
Altamente prevalente nos hospitais, Acinetobacter baumannii tem gerado grande apreensão devido sua capacidade de causar Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em todo o mundo, impactando nas elevadas taxas de morbidade e mortalidade e à sua capacidade de causar surtos e disseminar clones resistentes. As altas taxas de resistência frente aos carbapenêmicos, assim como os aminoglicosídeos, tetraciclinas e quinolonas, juntamente com a falta de novas opções terapêuticas, tem levado à necessidade de recorrer novamente a fármacos antigos, como a polimixina B. O contexto epidemiológico molecular de A. baumannii é complexo, as cepas pertencentes aos Complexos Clonais CC1, CC15 e CC79, denominadas clones de alto risco, são as mais relatadas no Brasil, porém a ocorrência de outros clones alerta para a necessidade de constante monitoramento, como é o caso do CC25, que recorrentemente é encontrado em nosso país. O objetivo deste estudo foi realizar a análise genômica e caracterizar a susceptibilidade aos antimicrobianos em clones emergentes de 13 isolados de A. baumannii provenientes de diferentes hospitais brasileiros entre os anos de 2016 e 2017, porém com o intuito de selecionar isolados representantes de pulsotipos diferentes e aumentar o número de amostras a serem estudadas, foram acrescentados três isolados de 2013 e dois de 2018, resultando em 18 isolados neste estudo. Os isolados foram submetidos às técnicas de PCR multiplex para detecção das oxacilinases, teste de suscetibilidade aos antimicrobianos, tipagem molecular por eletroforese em campo pulsado (PFGE), tipagem por 3 loci modificado (m3LST), sequenciamento de genoma completo e perfil de análise populacional (PAP) para polimixina B. Detectou-se principalmente os genes blaOXA-64 em 13 isolados (72,2%), blaOXA-23 em 16 isolados (88,9%), blaOXA-72 em dois (11,1%) e blaOXA-253 em apenas um (5,6%). Houve dois isolados (11,1%) que foram carreadores de blaOXA-23 e blaOXA-72 simultaneamente. Todos os isolados, (n=17; 94,5%) foram classificados como XDR, com excessão de um (n=1; 5,5%) que foi considerado MDR. A minociclina foi o único antibiótico que se manteve 100% eficaz contra todas as cepas. Através da técnica de PFGE e m3LST conseguimos, presuntivamente, agrupar os isolados de acordo com suas diversidades genéticas e similaridades clonais. Através do sequenciamento de genoma completo, obtivemos quinze isolados identificados como pertencentes ao CC25 e três isolados pertencentes aos CC49, CC33 e CC162. Oito cepas (44.4%) apresentaram resistência frente à polimixina B, sendo seis delas pertencentes ao CC25. Estes resultados fornecem subsídios que ressaltam a necessidade de monitoramento e controle de clones emergentes circulando em nosso meio |